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Solo teatral ‘Baby’ diz como pode ser aterrorizante amar, sem receitas de superação ou clichês cômicos

Online – Estrelado por Erika Puga, “Baby”, que faz curta temporada online no YouTube da Hysteria é o desabafo de uma mulher assumidamente apaixonada, tentando explicar e entender, ao mesmo tempo, sua natureza sentimental.

Com humor, escapa da autocomiseração ao expor as mazelas de sua busca por uma realização amorosa.

“Baby” começou a ser desenhado por Erika numa oficina de auto ficção, dirigida por Nelson Baskerville, com 16 atrizes criadoras. Sentindo que a proposta teria fôlego para além dos 15 minutos propostos, foi iniciado um novo processo de desenvolvimento dramatúrgico visando uma experiência completa, desta vez, com parte da equipe de criação formada também por profissionais do cinema e do audiovisual em busca dessa nova linguagem híbrida que é o teatro-cinema.

(Foto: Jeyne Stakflett)
 

“Porque eu sei, eu gosto de amar, nasci pra isso… tenho que amar sim, sinto essa obrigação do amor como um lance biológico até, mas não quero que isso seja mais a minha fraqueza quero que isso seja a minha força.”

“Baby nasceu a partir do texto da Erika Puga, que como protagonista e autora, chamou para adentrar nesse seu universo feminino, rico, complexo, humano, com dose de humor e contradição. Fomos buscar, a partir de trabalhos de artistas plásticas mulheres, diretoras de cinema, coreógrafas, encenadoras, um alicerce para que Baby se materializasse. Com um pé em distintas expressões e particularmente na mistura de teatro, performance e cinema fomos em busca de aprofundar a questão do amor romântico feminino e seus matizes profundos no coração da personagem/atriz”, diz o diretor Marcos Pedroso.

A dramaturgia em tom confessional e linguagem direta é pontuada pela ironia. Optou-se pela quebra da quarta parede para a personagem se comunicar com o espectador, olhando diretamente para a câmera ao comentar sua situação. Através do monólogo interno e externo da protagonista é desvendada simultaneamente a trama e a personagem.

Ao refletir sobre relacionamentos afetivos contemporâneos, e repensar os estereótipos e condicionamentos estruturais, a dramaturgia busca estabelecer uma conexão íntima e divertida com o público (a exemplo de séries autoficcionais de grande sucesso como “Fleabag” e “I May Destroy You”).

“Ao rir do próprio exagero, com inteligência, a personagem escapa do papel de vítima. Não há um tom moralista, tampouco entra no território da autoajuda, idealizando o relacionamento sob a aura dourada do empoderamento feminino. O apelo da peça é justamente o de evitar o tom normativo, que diz o que o relacionamento deve ser e o que não deve ser. Centrando no que ele é de fato”, explica a atriz Erika Puga.

Ao utilizar a casa da atriz como cenário, o uso do espaço comum, interno, é explorado de maneira cênica. Lugar de passagem, transforma o espaço íntimo em espaço de trânsito comum. “O funcionamento do dispositivo cênico, o corredor e as relações de poder entre os gêneros, uma porta que não se abre, mostrada a partir do próprio interior da personagem/atriz. A busca de mostrar o íntimo feminino e suas contradições, exibindo as gamas dos estados internos e fazendo sentir a solidão, a fragilidade, a resistência, a revolta e as contradições não apenas da personagem, mas também da atriz. O corredor se torna o lugar de uma dissecação do humano e de um mergulho empático na experiência subjetiva”, complementa Marcos Pedroso que também é responsável pela direção de arte.

“Por estarmos em uma pandemia, algumas peculiaridades surgiram neste fazer artístico. Optamos por trabalhar com uma equipe enxuta e mesmo com 13 profissionais envolvidos no projeto, centramos nos artistas que já conviviam diariamente para minimizar os riscos. A peça foi feita na casa em que moram o diretor Marcos Pedroso, a atriz Erika Puga e o contrarregra, Davi Puga e apenas eu e o Dimitre Lucho, responsável pelas câmeras, luz e microfones que, seguindo os protocolos de segurança, estivemos presentes nas filmagens nos desdobrando em diversas funções”, revela a produtora Odara Carvalho.

A peça será gentilmente hospedada pela Hysteria, que é uma produtora de conteúdo e entretenimento que nasceu como canal digital dentro da Conspiração, a produtora brasileira com mais indicações ao Emmy Internacional. Concebida com o objetivo de ampliar a inserção feminina no mercado e abrir espaço para narrativas que tenham as mulheres sempre no centro das histórias, o selo combina a expertise para realizar produções audiovisuais com o acesso a uma rede exclusiva e diversa de mais de mil colaboradoras por todo o país. Além de criar e distribuir conteúdo original multimídia inspirador e com propósito, cocria projetos com diversas marcas e desenvolve e produz filmes e séries para grandes players em atuação no país.

“Baby” se arrisca a dizer em voz alta o quanto pode ser aterrorizante amar, sem receitas de superação ou clichês cômicos. Renunciar ao amor é renunciar a uma ilusão de amor. Há coisas infinitas a se dizer sobre ele“.

Baby

Solo de Erika Puga

Direção e Arte: Marcos Pedroso

Cinematografia: Dimitre Lucho

Música: Gui Calzavara

Contrarregra: Davi Puga

Preparação de Corpo: Bruna Paoli

Preparadora da atriz: Jerusa Franco

Design gráfico: Vanessa Deborah

Fotos de Divulgação: Jeyne Stakflett

Assessoria de Imprensa: Adriana Monteiro

Produção Executiva e Direção de Produção: Odara Carvalho

Sinopse: Uma mulher apaixonada desabafa diante da porta da casa do namorado, em três tentativas de reconciliação. No corredor, ao refletir sobre o relacionamento, ela ri de si mesma, ironiza seu comportamento e seu romantismo exagerado. Aos poucos, ela vai revelando os motivos do término.

Curta temporada, de 20 a 23 de maio e 27 a 30 de maio –  8 sessões, às 20h

Com exibição exclusiva pelo Canal do YouTube da Hysteria

Horário – 20h      

Duração – 35minutos

Grátis

Indicação de faixa etária – 16 anos

Projeto contemplado pela Lei PROAC Aldir Blanc SP 36/2020.

(Carta Campinas com informações de divulgação)

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