A morte de um voluntário que participava dos testes da vacina Coronavac se deu por suicídio, apontou laudo do Instituto Médico Legal (IML), segundo informações divulgadas pelo Jornal da Tarde, da TV Cultura, no início da tarde desta terça-feira (10). Depois, a Veja confirmou.

Antonio Barra Torres – presidente da Anvisa (foto fabio pozzebom – ag brasil)

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu nesta terça-feira (9) os testes da vacina do imunizante, feita em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo, após ter sido notificada sobre um “evento adverso grave” em um voluntário.

Durante coletiva de imprensa nesta manhã, o governo de São Paulo indicou ser impossível relacionar o “evento adverso grave” com o fator que causou a morte um voluntário. 

A suspensão do teste clínico da vacina gerou desconforto e estranheza no governo paulista, que teme que o episódio seja usado politicamente para retardar o cronograma de aprovação do imunizante e a vacinação.

O diretor geral do Instituto Butantan em São Paulo, Dimas Covas, acusou a Anvisa, sob direção do bolsonarismo, de suspender os testes da Coronavac sem qualquer motivo técnico. “Foi um óbito sem nenhuma relação com vacina. Estamos tratando de um evento adverso grave que não tem relação com a vacina”, declarou.

Agindo politicamente, Jair Bolsonaro disparou fake news em comentário no Facebook na manhã desta terça-feira (10), apontando diversos efeitos colaterais da vacina Coronavac e disse “mais uma que Jair Bolsonaro ganha”, referindo-se ao governador de São Paulo, que iniciou a parceria com a fabricante chinesa Sinovac para produção da vacina. (Do 247)