Sem consciência política, médicos foram presas fáceis para o discurso de ódio da extrema-direita que começava a se organizar em 2013. Muitos desavisados saíram às ruas durante o pré-golpe de 2016 para atacar Dilma Rousseff, o PT e os colegas cubanos que foram contratados para atender pessoas pobres em locais de periferia e locais distantes em que médicos brasileiros não querem ir.
Muitos médicos abraçaram o discurso fascista, agressivo e contribuíram para a narrativa anti-política da extrema-direita, de criminalização da política, da demência do fantasma comunista etc etc.
E logo em seguida começaram a sofrer com isso, quando foi aprovado, logo após o Golpe de 2016, o congelamento do investimento em Saúde, pelo governo Temer.
Agora, Bolsonaro massacra os médicos, seja incentivando a contaminação por coronavírus, a invasão de hospitais e outras tantas atitudes como, por exemplo, a retenção dos investimentos para combater a Covid-19.
O ataque aos médicos não atinge só os que estão na frente de Batalha nos hospitais públicos e privados, mas também a todo médico que, com o alarmante crescimento da doença, estão mais propensos a serem infectados no trabalho cotidiano.
Desde o começo da pandemia, parlamentares do PT e de partidos de esquerda têm batalhado ao lado dos médicos e de todos os profissionais da saúde do Brasil para conter a doença. Primeiro foram firmes com a defesa do isolamento para não superlotar hospitais, mas o boicote de Bolsonaro pôs tudo a perder.
Além da batalha política contra as atitudes de Bolsonaro e de representantes da extrema-direita, petistas e outros partidos democratas elaboraram vários projetos por todo o Brasil para beneficiar os profissionais de Saúde.
Veja alguns exemplos da defesa dos médicos e profissionais de Saúde:
- Aprovação na Câmara, em maio, do projeto de lei (PL 1826/20), de autoria do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), em parceria com a deputada Fernanda Melcionna (PSOL-RS). O texto aprovado prevê o pagamento, pela União, de compensação financeira de R$ 50 mil aos profissionais e trabalhadores de saúde incapacitados permanentemente para o trabalho após serem contaminados pela Covid-19. A indenização se aplica também no caso de morte por essa doença.
- Em 16 de março, logo no início da pandemia no Brasil, o PT lançou uma campanha nacional e suprapartidária de apoio aos que trabalham pela saúde pública: médicos e médicas, cientistas, enfermeiros e enfermeiras, agentes de saúde da família, que estarão na linha de frente de uma guerra pela vida, como já ocorre em outros países
- As deputadas federais Gleisi Hoffman e Natália Bonavides defendem a aprovação do projeto “Auxílio Saúde”, que cria um auxílio mensal aos dependentes dos profissionais de saúde (e auxiliares gerais que trabalham em unidades de saúde) mortos por Covid-19. Elas são coautoras do PL 2007/2020, que visa criar o benefício para os familiares não apenas de médicas e enfermeiras, mas também de toda a rede de profissionais envolvidas na manutenção do sistema de saúde como lavadeiras, cozinheiras, assistentes sociais, nutricionistas, fisioterapeutas, vigilantes, farmacêuticas e faxineiras. Teve autoria de diversos partidos, como PSOL, PCdoB e outros, mas foi arquivada.(LINK)
- De autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), o PL 1.242/2020 estabelece que os órgãos e entidades do Sistema Único de Saúde (SUS), bem como as entidades privadas prestadoras de serviços, adotem, em caráter prioritário, medidas para assegurar a aquisição e a distribuição de equipamentos de proteção individuais (EPIs), como aventais, luvas e máscaras cirúrgicas, para todos os trabalhadores da saúde enquanto durar o estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo 6, de 2020. A medida altera a Lei nº 13.979, de 2020, para caracterizar como atividades essenciais a produção e a distribuição desses materiais e passa a considerar crime contra a economia popular, passível de punição, o aumento desmotivado de preços ou a retenção indevida de equipamentos. Paim explicou que os trabalhadores da saúde estão expostos ao contágio de forma intensa e que o Brasil precisa se antecipar para evitar que mais casos como os que já aconteceram ocorram novamente.(Agência Senado)
- Inclusive o deputado Alexandre Padilha (PT), que foi ministro de Dilma Rousseff quando os médicos começaram a ser massa de manobra da extrema-direita (LINK), tem vários projetos para defesa dos profissionais da Saúde (LINK)
Outros projetos poderiam ser incluídos nesta lista…