No pedido que solicitou a prisão de Queiroz, os promotores do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-SP) apresentaram à Justiça novas provas de que o ex-policial atuava como uma espécie de operador financeiro de Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro. Fabrício gerenciava as finanças do filho de Bolsonaro e até pagou boleto de mensalidade escolar da neta de Bolsonaro. Essa era a principal suspeita sobre Queiroz, quando foi descoberto o escândalo. Por isso, ele era chamado de ‘laranja’, na gíria do crime é quem movimenta recursos informalmente para outra pessoa.
Segundo reportagem do ElPaís, os investigadores obtiveram imagens de Queiroz fazendo pagamentos no caixa do banco, que pelo horário, pela data e pelos valores, foram feitos para a quitação das mensalidades escolares das filhas do senador. Como os valores dos pagamentos de Queiroz coincidiam com os custos financeiros das mensalidades, além de existir coincidência do horário das imagens de Queiroz e do horário da quitação dos boletos, os promotores avaliaram que Queiroz foi o responsável pelos pagamentos.
O ex-assessor da família Bolsonaro foi preso na manhã desta quinta-feira, 18 de junho, em Atibaia, cidade do interior paulista (a 57 km de Campinas), numa ação conjunta do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) e do MP-SP (Ministério Público de São Paulo).
Queiroz estava recluso em um imóvel que pertence a Frederick Wassef, advogado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e de seu filho Flavio. Ontem, Wassef esteve na posse novo ministro das Comunicações, Fabio Faria (PSD), junto com Bolsonaro. Em setembro de 2019, Wassef disse em entrevista que não sabia onde estava Queiroz, mas segundo informação da polícia, Queiroz estava há um ano escondido no imóvel de Wassef.