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Após apoiar golpe e levar o fascismo ao poder, bilionários criam o movimento #Juntos

Após contribuir de forma decisiva para levar o fascismo e pessoas ligadas a grupos milicianos ao poder central do Brasil, bilionários brasileiros agora querem que a população se engaja para controlá-los ou domá-los, tarefa bastante difícil. É esse que parece ser o propósito do Manifesto Juntos. O movimento é mais uma prova de que a concentração de riqueza destrói a democracia.

(foto ascom – pa – fp)

O #Juntos foi divulgado nos últimos dias e tem sido promovido por veículos de comunicação da mídia corporativa. Para esses bilionários, anúncios em grandes jornais e financiamento de movimentos sociais não os afetam financeiramente, além de ser um possível “investimento”.

Para os bilionários, esses gastos equivalem financeiramente a compra de uma bala para a classe média.

O texto do #Juntos é de responsabilidade de uma organização chamada Pacto pela Democracia, que tem como patronos alguns bilionários, como a Fundação Lemann, de Jorge Paulo Lemann, homem mais rico do Brasil, Maria Alice Setúbal, herdeira do Itaú, e Beatriz Bracher, mãe de Candido Bracher, presidente do Itaú. Além disso, entre os apoiadores do movimento está também uma ONG dos Estados Unidos ligadas às chamadas guerras híbridas ou “revoluções coloridas”, a National Endownment for Democracy.

“O grupo nasceu em 2017 com o nome Nova Democracia e, inicialmente, reunia apenas grupos de renovação política como Acredito, Agora!, RenovaBR e Ocupa Política”, aponta reportagem do jornal Estado de S. Paul0 (link). Tais organizações, que promovem uma suposta “renovação política”, estão vinculadas ao projeto presidencial de Luciano Huck, apresentador de programas da Rede Globo e candidato dos bilionários. Huck é contra, por exemplo, a taxação de grandes fortunas.

“Atualmente, o Pacto Pela Democracia é uma organização com sede própria, sete diretores executivos remunerados e seis financiadores que pagam R$ 150 mil cada por ano. Entre os patronos estão Maria Alice Setúbal, Beatriz Bracher, Fundação Lemann e a National Environment for Democracy, ONG americana ligada ao Congresso”, aponta ainda a reportagem, que provavelmente trocou a palavra Endownment por Environment.

O cientista político Luiz Felipe D’Avila, fundador do Centro de Liderança Pública (CLP), uma das ONGs que assinaram o manifesto do Pacto pela Democracia, tem laços familiares com a família Diniz, do Pão de Açúcar, que é também uma das mais ricas do País.

Antes do golpe de 2016, que afastou a ex-presidente Dilma Rousseff, a Fundação Lemann registrou o domínio do Movimento Vem pra Rua, que atuou na articulação de protestos golpistas. O Itaú também apoiou o golpe e Huck, garoto-propaganda do banco, foi um dos puxadores do grito “Ei Dilma, VTNC”, durante a Copa do Mundo no Brasil. Lula decidiu não assinar o manifesto Juntos e Dilma não foi convidada a assiná-lo. (Com informações do 247)

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