Fabrício Queiroz, amigo da família Bolsonaro e ex-assessor de Flávio Bolsonaro recebeu mais de R$ 400 mil em transferências bancárias, durante anos, efetuadas por Adriano Magalhães da Nóbrega, o Capitão Adriano, apontado como chefe da milícia ‘escritório do crime’, revelou o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ). As informações foram publicadas em reportagem desta sexta-feira, 19, pelo site Uol.
Os registros das transferências integram documentos judiciais que embasaram o decreto de prisão preventiva de Queiroz, realizado nesta quinta-feira, 18 de junho em uma casa em Atibaia, interior de São Paulo.
Considerado chefe do violento grupo de milicianos do Rio de Janeiro, denominado de ‘escritório do crime, Adriano foi morto no dia 9 de fevereiro deste ano durante uma ação da polícia na Bahia. Adriano estava escondido na Bahia e foi localizado numa área rural do estado, na cidade de Esplanada. Queiroz é apontado pelo MP-RJ como gerente financeiro (laranja) de Flávio Bolsonaro.
Outra revelação é que em novembro do ano do ano passado (2019), Fabrício Queiroz pediu para que a mãe de Adriano, Raimunda Veras Magalhães, permanecesse escondida no interior de Minas Gerais. Raimunda também era funcionária do gabinete de Flávio Bolsonaro, que na época era deputado estadual, no Rio. A decisão de Queiroz ocorreu após o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir pela legalidade do andamento das investigações sobre os esquemas de rachadinha envolvendo assessores de Flávio Bolsonaro.
A reportagem ainda diz que o MP-RJ aponta que restaurantes administrados por milicianos depositaram pelo menos R$ 69,5 mil nas contas bancárias de Queiroz. Vale lembrar que Michelle Bolsonaro, esposa do presidente, recebeu um cheque de R$ 24 mil de Queiroz, também revelado pelo MP-RJ.