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Sérgio Moro tornou pestilento e irrespirável o ar político do Brasil

Brasília - O ministro Celso de Mello fala durante cerimônia de posse da nova presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia (Wilson Dias/Agência Brasil)

Bolsonaro só existe porque Moro pariu a estupidez

.Por Fernando Brito.

O ministro Celso de Mello manda à Folha mensagem que não poderia ser mais clara, apesar da rápida ressalva de que a situação “se confirmada” revela:

(foto Wilson Dias/Agência Brasil)

“a face sombria de um presidente da República que desconhece o valor da ordem constitucional, que ignora o sentido fundamental da separação de Poderes, que demonstra uma visão indigna de quem não está à altura do altíssimo cargo que exerce e cujo ato de inequívoca hostilidade aos demais Poderes da República traduz gesto de ominoso desapreço e de inaceitável degradação do princípio democrático!!!”

Que o decano do STF perdoe, mas a “hostilidade aos demais Poderes da República”, “o desapreço” e a “inaceitável degradação do princípio democrático”, vem de muito antes, do caldo de histeria que, sob o a inação ou o patrocínio da Suprema Corte brasileira praticou-os o então juiz Sergio Moro, ao qual se entregou o monopólio da cruzada anticorrupção, com violações absurdas do devido processo legal e do princípio do juiz natural, que concederam a um juiz de piso curitibano o papel de panacéia de todos os males do Brasil.

Sergio Moro é a raiz de Jair Bolsonaro, um nada político e um primitivo violento e desbocado que assim continuaria a ser se o ex-juiz, agora seu ministro e aspirante à faixa presidencial, não tivesse tornado pestilento e irrespirável o ar político deste país.

(Não esquecer a importância da Globo nesse processo)

Está nas mãos dele, Celso de Mello, o poder de cortar, em parte, as raízes que alimentam o monstro. Atestar a evidente ilegalidade que marcou os processos conduzidos por ele é, ao mesmo tempo, o dever de qualquer magistrado que se apegue ao cumprimento dos princípios legais como, também, um ato político a sinalizar que está fechada a porta do Supremo para um atrabiliário, que se não sabe guardar a lei processual menos ainda pode ser guardião da Constituição.

Cortes supremas, por definição, são políticas na mais alta acepção da palavra – sim, a política é arte e ciência do convívio humano!. E é um dever político daquele tribunal bloquear todos os caminhos de uma aventura autoritária.

Porque o “se confirmada” do ministro torna a reação tardia demais. (Do Tijolaço)

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