Após pressão interna do MP-RJ e da sociedade, a promotora bolsonarista, Carmen Eliza Bastos de Carvalho, pediu afastamento do caso que investiga desdobramento do assassinato de Marielle Franco e de Anderson Gomes.
A promotora participou de uma entrevista coletiva para negar que o porteiro do condomínio tenha ligado para a casa de Jair Bolsonaro no dia do crime. A perícia em que se baseou a promotora demorou apenas 2h25 (link) Além da rapidez, a perícia tem uma série de lacunas e inconsistências (Link), mas mesmo assim foi usada para afastar o envolvimento da família de Bolsonaro na morte da vereadora carioca.
O anúncio do afastamento da promotora foi feito pela Procuradoria-Geral de Justiça do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), que teve de publicar nota informando sobre o afastamento.
“O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ) esclarece que as investigações que apontaram os executores de Marielle Franco e Anderson Gomes foram conduzidas pelas Promotoras de Justiça Simone Sibilio e Letícia Emile Petriz. Findas as investigações, a Promotora de Justiça Carmen Eliza Bastos de Carvalho passou a atuar na ação penal em que Ronnie Lessa e Élcio Queiroz são réus, a partir do recebimento da denúncia pelo 4ª Tribunal do Júri da Capital. Sua designação foi definida por critérios técnicos, pela sua incontestável experiência e pela eficácia comprovada de sua atuação em julgamentos no Tribunal do Júri, motivos pelos quais Carmen Eliza vem sendo designada, recorrentemente, pela coordenação do GAECO/MPRJ para atuar em casos complexos. Cumpre informar que, diante da repercussão relativa às postagens da promotora em suas redes sociais, a Corregedoria-Geral do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro instaurou procedimento para análise”, informou.
E continuou: “Nesta sexta-feira (01/11), o GAECO/MPRJ recebeu os pais de Marielle Franco, Marinete da Silva e Antônio Francisco da Silva, e a viúva de Anderson Gomes, Agatha Arnaus Reis, que defenderam a permanência de Carmen Eliza à frente do processo penal, em andamento no Tribunal de Justiça. No entanto, em razão dos acontecimentos recentes, que avalia terem alcançado seu ambiente familiar e de trabalho, Carmen Eliza optou voluntariamente por não mais atuar no Caso Marielle Franco e Anderson Gomes, pelas razões explicitadas em carta aberta à sociedade”. (Link)
Como assim? As famílias de Marielle Franco e de Anderson defenderam a permanência da Promotora Carmen Eliza no assassinato dos dois. Não estou entendendo mais nada.
Soube que as orelhas grudada na porta do gabinete do Conselho, desceu um barraco digna da novela Av. Brasil.