(foto de família)

.Por Luís Fernando Praga.

28 de Novembro: para minha irmã 

Eu tenho fé no bem que existe em ti,
Como a fé em que a flor gere a semente,
Não é fé infundada, eu já vi;
E sei do bem que dás a tanta gente!
  
Te amo de um amor que não parece,  
De um querer bem sem doce: puro e sério,
Um desejar de paz que é feito prece,
Simples; e mais profundo que o mistério.
  
Hoje é teu dia; e todo dia é teu!
Mas, hoje, a vida, que te fez sorrir,
Quer ver, em ti, o dom que ela te deu.
E o teu sorriso, então, vai refletir
A vida; e só! Pra todo mundo ver:
A sua Natureza poderosa,  
Os tempos de se errar e se aprender,
O ontem, o agora, o verso, a prosa,  
E as esperanças noutro amanhecer,  
A noite, o Sol nascendo no oceano,
O infinito que há em cada ser,
E a deslumbrante luz do amor humano:
O bem mais precioso e mais preciso;
Mais raro de se ver a cada ano,
Transbordando da luz do teu sorriso!
 
Ah, Mari, Maricota, Cututinha,  
Princesinha da mãe, mulher, doce Maria,
Doutora Olívia, “mãe!”, irmã tão minha,
Hoje é teu dia de exalar poesia!  
 
Então, daqui, desejo o teu melhor!
Longe da perfeição, envolto em falhas,
Sinto, recito e cito Belchior:
“Os sons e as palavras são navalhas;
E eu não posso cantar como convém:
Sem querer ferir ninguém.”  
  
A vida fere sem querer ferir,  
Ela quer cura e paz no coração...
E aonde quer que meus passos possam ir,
Quero que sinta o amor do teu irmão!

Seja num mar de rosas ou de espinhos,
Em tempos de alegria ou dissabor,
No mundo que afastou nossos caminhos,
Caminharei te amando o meu amor!