Os privilégios continuam a todo vapor no governo Bolsonaro (PSL), após quase 10 meses de governo. Um exemplo de como se torra dinheiro público são os reembolsos para moradia dados para embaixadores do Brasil que vivem no exterior. Uma reportagem da BBC Brasil mostrou a farra que acontece com o dinheiro público.
De acordo com informações obtidas por meio do Siga Brasil, a população já pagou R$ 145 milhões só para pagar reembolsos de gastos com moradias em 2019.
Se você já achava um escândalo juiz receber auxílio-moradia de cerca de R$ 5 mil, veja isso. O maior reembolso de moradia feito pelo governo brasileira é de US$ 17.057,29 (ou R$ 70.161,75). O recurso “é pago a um diplomata do topo da carreira que vive e trabalha em Hong Kong, uma região administrativa especial da China e palco de recentes protestos”, anota o texto. Em Hong Kong, apesar de ser uma cidade bem cara, o aluguel de um apartamento de dois quartos custa, em média, US$ 3,6 mil mensais, segundo levantamento de um banco alemã.
Mas há também seis diplomatas que atuam no exterior e que recebem, cada um, mais de US$ 10 mil mensais de reembolso pelo aluguel de suas residências. O menor valor (US$ 10.014,27) equivale a R$ 41.191,70, segundo a cotação da última sexta-feira (11).
As informações da reportagem da BBC News Brasil foram obtidas por meio da ferramenta Siga Brasil, do Senado Federal. Os mesmos dados foram confirmados pelo Ministério das Relações Exteriores, em resposta a um pedido formulado nos moldes da Lei de Acesso à Informação (LAI), lei que visa transparência no poder público criada durante o governo de Dilma Rousseff (PT).
Vale lembrar, como anota o texto, infelizmente não há nada de irregular ou ilegal nos reembolsos, é apenas uma imoralidade pública e mostra o contraste com os cortes de verbas em outras áreas do serviço público, por exemplo, investimento em Ciência e Tecnologia. O orçamento total do Ministério das Relações Exteriores para o ano de 2019 é de nada menos do que R$ 3,6 bilhões.
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