A Secretaria-Geral da Mesa da Câmara dos Deputados confirmou nesta tarde a manutenção do deputado Delegado Waldir (GO) como líder do PSL na Casa. Uma lista com 29 assinaturas foi validada e manteve o parlamentar no cargo. Hoje o deputado afirmou, em gravação que circula na internet, que tem gravação e que vai ‘implodir’ Bolsonaro, a quem chamou de vagabundo.

(Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Ontem (16), o presidente Jair Bolsonaro (do mesmo partido, PSL) tentou derrubar o líder e colocar seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (SP), que ficou menos de uma hora como líder. Bolsonaro articulou para derrubar o próprio líder do seu governo. A lista de assinaturas apresentada ontem por Delegado Waldir foi registrada às 22h18, com 31 assinaturas – das quais 29 foram confirmadas. 

A briga ocorre por causa de milhões de reais do fundo partidário. A família e aliados de Bolsonaro tentam tomar o controle do PSL e controlar os recursos do partido.

A definição da liderança foi assegurada após validação do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Na manhã desta quinta-feira (17), o parlamentar afirmou que a decisão sobre o líder do PSL caberia à Secretaria-Geral da Mesa da Casa.

Pelo Regimento Interno da Câmara dos Deputados, para ocupar o cargo de líder é preciso receber o apoio formal de metade dos parlamentares da bancada mais um. Cada partido tem autonomia para fazer a troca de líder quantas vezes quiser. Geralmente, há um rodízio no cargo, e os parlamentares costumam ser mantidos por, pelo menos, um ano. Os líderes podem ser definidos por eleição interna da bancada ou por aclamação. Somente os partidos com pelo menos cinco integrantes têm direito à liderança. Segundo o deputado Delegado Waldir, haverá uma nova eleição para liderança do PSL em fevereiro. (Agência Brasil e Carta Campinas)