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Para combater o sarampo, Bolsonaro pede ajuda à organização que trouxe médicos cubanos

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) informou hoje (6) que já começaram a ser entregues as 18,7 milhões de doses extras da vacina tríplice viral ao Brasil, que foram requisitadas pelo governo Bolsonaro. O Ministério da Saúde já havia adquirido 28,7 milhões de doses da tríplice viral com a ajuda da Opas. O governo vai investir R$ 325 milhões na parceria com a Opas, organização que trouxe os médicos cubanos durante o governo Dilma Rousseff (PT).

(foto marcelo camargo – agencia brasil)

Durante a presença dos médicos cubanos, Bolsonaro difundiu a fake news de que os médicos cubanos queriam implantar a guerrilha no Brasil e que não se sabia se eles realmente eram médicos. Ele criticava o contrato do governo com a Opas que levava médicos para os povoados mais pobres e distantes do Brasil.

Segundo a representante da Opas no Brasil, a especialista em imunizações Lely Guzman, as doses já entregues vieram do Serum Institute of India e estão passando pelos trâmites regulatórios previstos na legislação brasileira para o controle de qualidade.

“O Brasil, neste momento, está fazendo muitas ações para dar resposta a esse surto”, disse Lely, referindo-se aos casos de sarampo registrados no país. “O Brasil é muito importante na região, e tudo o que acontece no Brasil rapidamente impacta os outros países”, acrescentou.

De acordo com Lely, não existem atualmente dificuldades de fornecimento de vacina contra o sarampo para países do continente sul-americano. Surtos da doença também estão sendo registrados em outras partes do mundo, como a Europa e a África, e a demanda pela vacina deve aumentar.

“Os laboratórios neste momento estão sendo chamados a produzir mais porque espera-se que, no próximo ano, a demanda será muito maior nesse processo de eliminação [do sarampo] das regiões comprometidas.” Lely informou que a coordenação internacional do processo será da Organização Mundial da Saúde (OMS) e suas entidades regionais, como a Opas. (Agência Brasil/Carta Campinas)

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