A exposição “Matriarcas” poderá ser vista na Casa de Cultura Itajaí até o dia 9 de outubro.

Matriarcas, Caixeiras das Nascentes na Casa de Cultura Tainã em agosto de 2019 (Foto: Divulgação)

A Casa de Cultura Itajaí é mais um local da jornada do projeto Matriarcas pela cidade de Campinas. Trata-se de um dos espaços mais representativos no que diz respeito à organização comunitária para o desenvolvimento de ações socioculturais e educativas. A Casa de Cultura Itajaí nasceu da proposta de moradores locais que participam ativamente do espaço.

O projeto “Matriarcas” é um mergulho no universo feminino da cultura popular e foi contemplado pelo Edital nº 26/2018 do Programa de Ação Cultural da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo.

Os imensos retratos das mulheres, impressos em tecidos, circulam por espaços fora da região central de Campinas e são vistos pela população, por estudantes de escolas públicas e organizações não governamentais que se encontram próximos aos espaços de itinerância.

A mostra reúne vários elementos simbólicos do universo feminino e a da cultura popular. As fotos nas dimensões 2,50 metros x 1,50 metro são impressas em tecidos que passaram por um trabalho artesanal de bordado, realizado por Martha Alves – ex-integrante do Urucungos. As fotos são acompanhadas de textos que narram um recorte da trajetória dessas mulheres. O projeto foi idealizado pela documentarista visual Fabiana Ribeiro.

Entre conversas e saberes

No decorrer do projeto, iniciado no final de 2018, a autora conversou com mulheres, comunidades e grupos, resultando em 22 retratos, cerca de 600 imagens das atividades e mais de 20 horas de gravações. 

“O projeto reconhece a importância de trazer para a narrativa o ponto de vista de um dos segmentos mais invisíveis, anônimos e discriminados da sociedade brasileira: as mulheres, e dentro do segmento, dar a devida visibilidade às mulheres negras”, destaca a autora Fabiana Ribeiro, lembrando ainda das homenagens à “Vó Geralda” – mãe de TC Silva, da Casa de Cultura Tainã, que faleceu em 2018, aos 101 anos.  

Força matriarcal

(Foto: Fabiana Ribeiro)

Participaram das rodas de conversa os coletivos Caixeiras das Nascentes, Casa de Cultura Tainã, Comunidade Tradicional Senhora dos Ventos, Grupo de Dança Afro Oju Oba,Tabuleiro Ancestral, Ponto de Cultura Caminhos em Hortolândia, Comunidade Jongo Dito Ribeiro, Casa de Cultura Fazenda Roseira, Instituto Baobá de Cultura e Arte – Ponto de Cultura e Memória Ibaô, Urucungos Puitas e Quijengues.

Segundo Fabiana, foram retratadas 22 mulheres: Ana Miranda, Sinhá Rosário, Manô, Luiza e Maria Lúcia, Maria Angélica e Ivanir. 

Urucungos: Alessandra Ribeiro, Maria Alice Ribeiro, Jacinta Brito e Lúcia Castro, e Vera Zuin, da Comunidade Jongo Dito Ribeiro. 

Caixeiras das Nascentes:  Cristina Bueno e sua mãe Dolores Bueno; Mãe Iberecy, Adriana Gama e Marilene Honorato, do Ibaô.

Em Hortolândia: Mãe Eleonora, Mãe Eliana, Ernestina Estevam (Dona Tina) – mãe de Alceu Estevam e Rosa Pires – viúva de Mestre Alceu.  Todas tiveram seu registro fotográfico realizado. As rodas de conversas originaram documentários. (Carta Campinas com informações de divulgação)

Matriarcas na Casa de Cultura Itajaí

De 11 de setembro a 09 de outubro

Casa de Cultura Itajaí

Rua Benjamin Moloisi, 669 – Conj. Hab. Parque Itajaí, Campinas)

Abertura: 11 de setembro às 14h

Todas as ações são gratuitas

Visitas monitoradas e agendamentos para escolas e grupos: [email protected]

site: matriarcaspaulistas.wixsite.com/matriarcas

matriarcas nas redes:@matriarcaspaulistas