Ao sufocar as finanças das universidades públicas, governo Bolsonaro condena o futuro do Brasil

O ex-coordenador nacional do Fórum de Pró-Reitores de Assistência Estudantil – Fonaprace, Leonardo Barbosa e Silva, afirmou em entrevista que os cortes de recursos impostos pelo governo Bolsonaro às universidades públicas compromete o futuro do País.

(foto de tela – youtube ufu)

Leonardo Barbosa e Silva é mestre e doutor em Sociologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Foi pró-reitor de Assistência Estudantil da UFU, onde leciona atualmente e coordena o Núcleo de Sistema Político e Políticas Públicas (NUPP) e o Grupo de Pesquisa Observatório de Políticas Públicas (OPP).

Em texto de João Vitor Santos, publicado no IHU On-line, Barbosa e Silva ressalta que a conjuntura atual é muito ruim para a educação pública em geral e para o ensino superior em particular.

“O sacrifício a que as universidades estão sendo submetidas é, na verdade, um sacrifício do futuro, do progresso científico, do desenvolvimento nacional autônomo e da mobilidade social de famílias historicamente excluídas. Paga-se um preço caro hoje e compromete-se o futuro”, afirma.

Barbosa e Silva também diz que é a universidade pública que liga o país com seu próprio futuro e mostra que o programa Future-se do governo Bolsonaro é vergonhoso porque tenta definir políticas sobre algo que desconhece. Ele ressalta que, inacreditavelmente, o projeto foi feito sem se fazer um diagnóstico da situação das universidades. Para se ter noção da gravidade, é como se o médico receitasse um medicamento sem conhecer o problema do paciente.

“Portador de uma mensagem de modernização, (o Future-se) não expressa com estudos fundamentados nossas virtudes e vícios. Parte da dicotomia redutora e falsa de que o problema é o Estado e a solução é mercado. Propõe, em vários artigos, o que a universidade já faz porque a desconhece. É um projeto tão lacunar que não faz menção ao Plano Nacional de Educação, não dialoga com o processo recente de expansão, interiorização e democratização das Ifes (Institutos Federais de Ensino Superior), não se preocupa com os índices de evasão e retenção, não aborda as dificuldades de cobertura da assistência estudantil, enfim, não enfrenta os reais problemas das universidades”, afirma Barbosa e Silva mostrando a situação dramática da Ciência no Brasil.

Veja entrevista completa no IHU

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