Dos 290 agrotóxicos liberados pelo governo Bolsonaro, 40% são proibidos na Europa

Pesquisa da ONG suiça Public Eye, em parceria com a Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida e a FASE – Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional –, lançada nesta quinta-feira (29), durante a 18ª Jornada de Agroecologia, em Curitiba (PR), reúne dados detalhados de como a Syngenta obtém lucro bilionário a partir da comercialização de agrotóxicos altamente perigosos em países pobres.

(foto de pdf – lucros altamente perigosos )

De acordo com informações publicadas no site da Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida, dos 120 ingredientes ativos de agrotóxicos produzidos pela empresa, 51 não estão autorizados em seu país de origem, a Suíça; 16 deles foram banidos devido ao impacto à saúde humana e ao meio ambiente. Apesar disso, a Syngenta segue comercializando em países onde há normas mais flexíveis ou menos rigorosas, como o Brasil.

Somente este ano, o Brasil já autorizou 290 registros agrotóxicos no país. Mais de 40% está proibida na União Europeia por oferecer risco à saúde e ao ambiente.

A versão em português do estudo “Lucros altamente perigosos” foi lançada durante aula pública “O envenenamento do povo brasileiro – impactos dos agrotóxicos à saúde”. A atividade integra a 18ª Jornada de Agroecologia, que vai até domingo (1º) em Curitiba. O lema deste ano é “Terra Livre de Transgênicos e Sem Agrotóxicos, Cuidando da Terra, Cultivando Biodiversidade e Colhendo Soberania Alimentar, e Construindo o Projeto Popular para a Agricultura!”.

Em 2017, cerca de 540 mil toneladas de venenos foram aplicadas no Brasil, por um valor de mercado de US$ 8,9 bilhões. Cerca de 370 mil toneladas de “agrotóxicos altamente perigosos”, ou 20% do que é utilizado mundialmente, pulverizados nas plantações.

A Organização das Nações Unidas para Alimentação (FAO) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) são instituições que recomendam que os agrotóxicos altamente tóxicos sejam eliminados gradualmente e substituídos por alternativas mais seguras. (Do Saúde Popular)

* Com informações da Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida

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