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Bolsonaro tenta facilitar para criminoso de Fake News, mas Congresso derruba veto e instala CPMI

O Congresso Nacional derrubou na noite de hoje (28) o veto de Jair Bolsonaro que tentava evitar que criminosos que propagam notícias falsas nas eleições tenham penas mais duras, as chamadas fake news. O veto ocorreu em junho, quando a Lei 13.834/2019, que atualiza o Código Eleitoral, chegou à mesa do presidente da República. 

(foto: Manuel Baumheier – pl)

Com a derrubada do veto, a pena para quem divulgar notícias falsas com objetivo eleitoral é de dois a oito anos de reclusão. A pena só será aplicada quando estiver comprovado que o acusado sabia da inocência do alvo da notícia falsa propagada.

Em seu veto que beneficiava os divulgadores de notícias falsas, Bolsonaro havia argumentado que a nova pena “viola o princípio da proporcionalidade entre o tipo penal descrito e a pena cominada”. O veto de Bolsonaro foi derrubado por 326 deputados e 48 senadores.

Além de ter a derrota do veto, o presidente do Congresso, o senador Davi Alcolumbre, anunciou a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar a propagação de notícias falsas. A CPMI é igual a uma CPI, mas com a participação de senadores e Deputados. Alcolumbre fez o anúncio em sua conta no Twitter, enquanto comandava a sessão do Congresso durante esta quarta-feira, 28.

“Na sessão do Congresso Nacional, anunciei a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) destinada a investigar notícias falsas, conhecidas como fake news, para a próxima semana. Será composta por 15 senadores e 15 deputados, e o mesmo número de membros suplentes”, disse Alcolumbre. Na sessão do Congresso do dia 3 de julho ele havia lido o requerimento, de autoria do deputado Alexandre Leite (DEM-SP). (Agência Brasil/Carta Campinas)

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