Procuradores da Lava Jato trocaram informações em que levantaram a hipótese de investigar o Instituto Fernando Henrique Cardoso para tentar disfarçar a perseguição política que o PT e o ex-presidente Lula estavam sofrendo na Lava Jato, segundo as novas revelação do site The Intercept Brasil. Claro que a investigação não foi para frente.

Os procuradores chegaram até a se empolgar com a possibilidade de dar “mais argumentos para a imparcialidade” nas palavras do procurador Deltan Dallagnol, mas desanimaram (inacreditavelmente, entre outros motivos) porque o Instituto Lula poderia usar na defesa os mesmos argumentos que o Instituto FHC.

Como havia uma perseguição ao ex-presidente Lula, mais uma vez comprovada, seria ruim ele usar o mesmo argumento que FHC para se defender. Dallagnol também dá a entender que outras pessoas no Ministério Público queriam disfarçar a ação política da operação Lava Jato. Eles diz, em certo momento da conversa, que o processo sobre Fernando Henrique Cardoso teria sido distribuído para para “passar o recado de imparcialidade”

Além disso, as conversas mostram que o juiz Sérgio Moro não queria que Fernando Henrique fosse investigado, porque “seria um grande aliado“.

Segundo o site The Intercept Brasil, havia provas e vários documentos que poderiam ser usados para se investigar o Instituto FHC. No entanto, só a investigação contra o Instituto Lula avançou. Não se sabe o que aconteceu com as investigação do Instituto FHC, que podem estar paradas podendo prescrever.

Na época já estafa ficando evidente a perseguição (lawfare) ao ex-presidente Lula e a Operação vinha sofrendo uma série de ataques de grupos mais esclarecidos de democratas, que a acusavam de ser seletiva e de poupar políticos do PSDB. “As discussões haviam sido inflamadas meses antes, quando o então juiz Moro aparecera sorrindo em um evento público ao lado de Aécio Neves e Michel Temer, apesar das acusações pendentes de corrupção contra ambos”, anotou o site The Intercept.

Veja informação completa no The Intercept Brasil