Na edição deste domingo, 23 de junho, do jornal Folha de S. Paulo, foram divulgadas novas mensagens trocadas pelos procuradores da força-tarefa da Lava Jato e o ex-juiz Sérgio Moro. As mensagens foram fornecidas pelo site Intercept Brasil que as recebeu de uma fonte anônima.

(fotos: agencia senado)

Antes de publicá-las, os jornalistas da Folha checaram a veracidade das mensagens, que tanto o juiz Moro como o procurador Deltan Dallagnoll diziam ser falsas.

Uma das formas de checar foi verificar as mensagens trocadas entre os jornalista da própria Folha de S. Paulo, que aparecem nos vazamentos, e os procuradores. E bingo! As mensagens dos jornalistas trocadas com os procuradores aconteceram realmente, comprovando mais uma vez a autenticidade do arquivo do site The Intercept Brasil.

Veja abaixo trecho publicado no site de Glenn Greenwald.

Durante os últimos dias, os repórteres da Folha tiveram acesso ao acervo da Vaza Jato e trabalharam lado a lado com nossos repórteres e editores, pesquisando as mensagens e analisando seu conteúdo. Ao examinar o material – que é o mesmo que baseou as reportagens publicadas pelo Intercept até agora – a reportagem da Folha, como eles anunciaram hoje no seu próprio editorial, “não detectou nenhum indício de adulteração”, contrariando as insinuações do ministro Sergio Moro, do procurador Deltan Dallagnol e de seus colegas (nem o ministro Moro nem a força-tarefa alguma vez alegaram, e muito menos demonstraram, que qualquer material publicado foi alterado, lançando insinuações vagas em uma tentativa de minar a confiabilidade do arquivo).

No texto, a Folha lembra que “Após as primeiras reportagens sobre as mensagens, publicadas pelo Intercept, no dia 9, Moro e os procuradores reagiram defendendo sua atuação na Lava Jato, mas sem contestar a autenticidade dos diálogos revelados.” A versão só seria mudada dias depois, quando Moro e os procuradores, escreve a Folha, “passaram a colocar em dúvida a integridade do material, além de criticar o vazamento das mensagens”, sem, no entanto apresentarem “nenhum indício de que as conversas reproduzidas sejam falsas ou tenham sido modificadas.”

Exatamente como nós fizemos quando recebemos o arquivo, a Folha utilizou vários métodos jornalísticos para confirmar a autenticidade do acervo. A Folha explica, hoje, em seu editorial: “Os repórteres, por exemplo, buscaram nomes de jornalistas da Folha e encontraram diversas mensagens que de fato esses profissionais trocaram com integrantes da força-tarefa nos últimos anos, obtendo assim um forte indício da integridade do material.”

Veja texto completo no The Intercept Brasil