.Por Eduardo de Paula Barreto.

(foto felix w cc)

O ano é 2019
E o mês é abril
Esta poesia promove
O restaurante Brasil
Venha experimentar
Sem ter que pagar
É grátis acredite
Pegue o guardanapo
Vire o seu prato
E tenha bom apetite.
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Atrás do balcão
Temperando brócolis
Cheio de censura nas mãos
Se apresenta Dias Toffoli
Tendo como parceiro
O especialista em temperos
Alexandre de Moraes
Que ganhou do Supremo
A receita do veneno
Contra limites constitucionais.
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Os banqueiros chefs de cozinha
Apresentam aos clientes no salão
Seus bolinhos de aposentadoria
Preparados com capitalização
Que só poderão ser consumidos
Depois de transcorridos
Cinquenta anos de vida laboral
Porque eles querem se certificar
De que se alguém se aposentar
Receba só o auxílio funeral.
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Trazendo um lindo bolo
Recheado de lawfare
Se aproxima Sérgio Moro
E atrás dele um chofer
Que habilidade esbanja
Fazendo suco de laranja
Misturado com melissa
Que deixa o povo lerdo
E assim o Ministro Sérgio
Desconversa sobre as milícias.
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Chega Jair Bolsonaro
Mal vestido e imundo
Tendo os filhos como amparo
Para o seu nhoque de chumbo
Temperado com explosivos
Que foram cedidos
Pela Taurus e companhia
Que também oferecem o fogo
Que Guedes acende com gosto
Para aquecer a economia.
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Fiquem todos vocês cientes
De que mesmo quem está fora
Assim como os tolos clientes
Comerá o que foi servido agora
Porque o indigesto cardápio
Foi escolhido por sufrágio
E transformou-se em despacho
Que os militares brasileiros
Disfarçados de cozinheiros
Nos enfiarão goela abaixo.