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Exposição ‘Phytopoeticae’, dos artistas Alberto Aberrat e Patrícia Pölzl, gera imagens a partir das formas vegetais

A Casa do Lago, na Unicamp, apresenta a exposição Phytopoeticae que estará com visitação gratuita em sua Galeria até o dia 14/05, das 9h às 18h.

Phytopoeticae, do grego “phyton” – planta e “poietikos” – inventivo, engenhoso, poético, apresenta as experimentações dos artistas Alberto Aberrat e Patrícia Pölzl, cujas práticas envolvendo a manipulação de plantas para a construção de imagens buscam o diálogo entre o fazer artístico e o fazer científico. A exposição busca lembrar o tempo em que tanto alquimistas quanto artesãos eram vistos como mágicos por operarem com as forças misteriosas da natureza e registravam seus saberes nos enigmáticos “livros de segredos”. Em Phytopoeticae, Alberto e Patrícia  tanto abrem as páginas de seus próprios livros revelando ao público detalhes de suas pesquisas, quanto visam estimular a reflexão sobre a relação entre arte e ciência, o fazer e o saber, a natureza e o humano.

Alberto Aberrat e Patrícia Pölzl são graduandos em Artes Visuais na Unicamp, para além dos papéis, pincéis e tintas, o uso de um inusitado material veio unir suas criações: trata-se das plantas, estes seres que de tão presentes passam despercebidos e que vêm a ser protagonistas em Phytopoeticae, primeira exposição dos artistas, revista e agora em cartaz na Casa do Lago, após ter sido acolhida na Biblioteca do Instituto de Biologia.

Patrícia foi escoteira desde pequena e pelos seus pais serem engenheiros florestais sempre conviveu com livros de botânica, exsicatas e coleções de insetos em casa. Quando descobriu que era possível revelar fotografias sobre as plantas, através da fitotipia, iniciou um longo processo de pesquisas e experimentos que em 2019 completam quatro anos, resultando além de diversos trabalhos artísticos, uma iniciação científica interdisciplinar entre biologia e artes visuais. Além disso, em suas obras a artista também procura abordar outros assuntos que a interessam: o mistério do ciclo da vida, a impermanência e a interconectividade do todo em relação à importância e unicidade de cada ser vivo.

Alberto tem as plantas presentes na sua vida desde tempos que lhe fogem à  memória, elas aparecem em suas brincadeiras de infância, no chás feitos por sua mãe para tratar pequenos males,  usadas para tornar o ambiente da casa mais agradável… Assim,  não é de surpreender que elas não só habitem como também promovam sua produção artística. Acostumado a colher sementes e “mudinhas” por onde passa, logo reconhece nos processos de gravura e fotografia um meio fértil para cultivá-las. Nas suas experimentações, fragmentos vegetais, galhos, flores, folhas ou até plantas inteiras, são dissecados, entintados e transpostos para o papel, para matriz de metal, para pedra litográfica… ou tem seu sumo extraído para dar origem a imagens que, por vezes, desviam-se da forma vegetal de início, caso da série “Nefelibatas”, em que formas vegetais são metamorfizadas em insetos. (Carta Campinas com informações de divulgação)

Exposição Phytopoeticae

Período: 25/04/2019 a 14/05/2019

Visitação Gratuita

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