.Por Eduardo de Paula Barreto.
Diante da insegurança
E do medo mais assustador
Corre a pequena criança
Para o abrigo protetor
Que é o escudo
Mais forte do mundo
Onde ecoam refrães
Que a fazem sonhar
Por isso o melhor lugar
É o terno colo da mãe.
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Com o ouvido colado ao peito
A voz da mãe é cantiga
E as carícias dos seus dedos
São bálsamo para as feridas
E o seu olhar brilhante
Faz resplandecer o semblante
Da grande rainha do Cosmo
Que nos ama só por amar
Por isso queremos voltar
Para o materno colo.
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Em seu colo somos tão altos
Que ficamos até abusados
Então simulamos dar saltos
Só para sermos abraçados
Porque o abraço materno
É como cobertor no inverno
Ou brisa nos dias quentes
O abraço nos faz acreditar
Que de tanto nos apertar
Ainda voltamos ao ventre.
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A água do ventre que nos envolveu
Deixou os limites do quarto
E voltou ao Reino dos Céus
Depois do milagre do parto
Para cair como chuva no campo
Ou como o mais doce pranto
Causado pela emoção tão linda
Que faz as velhas mamães
Acharem que os filhos anciães
São criancinhas ainda.
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03/05/2019