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Sem petróleo, Moçambique tem 417 mortos, 90 mil desabrigados e nada de ajuda de militares dos EUA

A passagem do ciclone Idai no sudeste da África já deixou 417 mortos, 1.528 feridos e 89 mil pessoas salvas e recolhidas nos centros de acolhimento, em Moçambique. As informações foram divulgadas pelas autoridades locais nesta sexta-feira, 22. O secretário-geral da ONU, António Guterres, cobrou mais apoio da comunidade internacional a Moçambique,

(foto: unicef)

Os Estados Unidos, que ameaçam invadir a Venezuela com a desculpa da ajuda humanitária, não enviaram nenhum militar para o país africano até o momento, mesmo diante da grande catástrofe e havendo pedido da embaixada norte-americana em Maputo, segundo informações da agência Reuters.

Vale lembrar que a Venezuela está em cima de uma das maiores reservas de petróleo do mundo. Sem petróleo capaz de abastecer grandes mercados, Moçambique deve receber apenas um pequeno apoio financeiro dos EUA. O governo Trump está na verdade sedento em derrubar o presidente eleito da Venezuela, Nicolás Maduro, e ter acesso pleno ao petróleo do país sul-americano. Mais importante ainda para os EUA é a proximidade da Venezuela com o mercado interno norte-americano.

De acordo com o ministro responsável pelas operações na cidade moçambicana da Beira, Carlos Agostinho do Rosário, pode haver aumento do número de mortos.

Na manhã deste sábado, uma semana depois da passagem do ciclone Idai, a ajuda internacional continua a chegar ao país. O segundo avião da Força Aérea Portuguesa aterrissou na cidade da Beira pelas 10h30. O avião transporta uma equipa avançada de peritos da Autoridade Nacional de Proteção Civil, agentes da Força Especial de Bombeiros, da Guarda Nacional Republicana  e do Instituto Nacional de Emergência Médica.

As buscas aos desaparecidos e o auxílio às comunidades isoladas continuam. Só no distrito de Búzi, em Sofala, mais de 180 mil pessoas foram afetadas pelos fortes ventos, chuvas e inundações que atingiram também a países vizinhos, como Madagascar, Malaui, Zimbábue e a África do Sul. Aproveitando que, em algumas localidades, as chuvas deram uma trégua, o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) está usando drones para vasculhar áreas isoladas onde moradores ficaram sitiados.

Parte dos desabrigados estão alojados em centros de acomodação e em escolas onde a todo instante chegam novas famílias. O governo moçambicano prometeu que, dentro de, no máximo, 48 horas, abrirá novos centros “para aliviar as salas de aula ocupadas pelas populações que se abrigaram nos estabelecimentos de ensino”. (Carta Campinas e Agência Brasil)

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