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Governo Bolsonaro é a vitória do lobby da morte: armas, agrotóxico, cigarro e previdência

Publicação anterior aos 600 mil mortos por Covid!

Não, não vamos falar de relações com milícias e vizinhança com tráfico de armas. Vamos falar de programa de governo. Apenas nos três primeiros meses de governo, as principais propostas do governo Bolsonaro beneficiaram empresas que lucram com a morte ou que vendem produtos que provocam efeitos colaterais perigosos.

(foto agência brasil e edição)

O lobby da morte é a influência de empresas que vendem produtos que servem exclusivamente para matar ou que matam pelo uso, seja em excesso ou não, ao longo do tempo, ainda que podem ser ou parecerem benéficos em algum momento. São armas, agrotóxicos, cigarro. Uma indústria que precisa ser taxada e controlada em qualquer democracia civilizada.

Uma das primeiras medidas do governo Bolsonaro foi beneficiar a indústria de armas, facilitando a compra de armas de fogo pela população. Cada pessoa pode ter até 4 armas em casa, segundo o decreto do presidente.

O professor e pesquisador da FGV (Fundação Getúlio Vargas), Sérgio Praça, escreveu um artigo em que narra os vários passos do governo Bolsonaro para legalizar, de certa forma, o assassinato de pessoas, principalmente no campo. Para ele, o decreto que liberou a compra de 4 armas por qualquer cidadão acima de 25 anos é mais um exemplar passo para permitir o assassinato. (Link)

Nos primeiros meses de governo o lobby do agrotóxico também saiu lucrando. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou a autorização de 57 novos produtos elaborados com agrotóxicos em 42 dias. Em média, mais de um por dia. Alguns são classificados como extremamente tóxicos – maior grau toxicológico possível. (Link)

Após 30 dias de governo, o ministro da Justiça e Segurança Pública ,Sérgio Moro, enviou um projeto chamado de “anticrime”. Mas para o advogado Ariel De Castro Alves, do Conselho Estadual de Direitos Humanos de São Paulo e membro do Grupo Tortura Nunca Mais, o projeto tende a promover o crime por agentes do Estado.

O projeto que prevê isenção de pena ou até mesmo sua não aplicação para policiais, durante o serviço, matarem criminosos, “legitima execuções e extermínios praticados por policiais”. Esquadrões da morte e milícias formadas por policiais deverão ser beneficiados com as medidas. (Link)

Outra questão polêmica ligada à morte é o aumento do tempo de contribuição da previdência social. Ao aumentar o tempo de contribuição, forçando o trabalho de pessoas em idade avançada, a Reforma vai fazer com que as pessoas morram antes de se aposentar ou ficaram doentes trabalhando. Nas regiões mais pobres, com expectativa de vida menor, será raro um caso de pagamento integral da aposentadoria no futuro. Economista prevê que a população idosa em situação de pobreza saltará de 3% para 70%. (LINK)

Agora, neste mês de março, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, voltou com mais um patrocínio da morte. Incapaz de combater o contrabando, Moro quer reduzir o imposto sobre cigarros no Brasil, facilitando com isso o consumo. O aumento dos impostos sobre cigarros, além da proibição de propaganda, fez parte de uma política pública de melhoria da saúde da população nas últimas décadas.

Se houver aumento do consumo de cigarro, a previdência será mais lucrativa, visto que tende a diminuir a expectativa de vida do brasileiro e o número de mortos antes de a aposentadoria pode aumentar. É a vitória total do lobby da morte. (Por Susiana Drapeau)

E também os indígenas, que o próprio Bolsonaro afirmou que não teriam um centímetro de terra, além de defender os garimpos que contaminam o meio ambiente. Agora, a notícia de que mais dois indígenas da comunidade isolada Moxihatëtëma, na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, foram mortos a tiros durante um ataque de garimpeiros ilegais, denunciou a Hutukara Associação Yanomami (HAY) (LINK)

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