Na próxima quarta-feira (30), às 20h, poderá ser visto no Teatro do Sesc Campinas o espetáculo “Mulheres Do Àse – Performance Ritual”. Inspirado no universo da crença e resistência da mulher afro-religiosa, o espetáculo apresenta dança, música, imagem, história e poesia como forma de expressão dos rituais e ícones que envolvem a fé dessas mulheres. A performance conta com depoimentos em vídeo de personalidades femininas e tem direção geral de Edileusa Santos.

(Foto: Adenor Gondim)

O espetáculo foi realizado em comemoração ao aniversário de 60 anos da Escola de Dança e 70 anos da Universidade Federal da Bahia a ser celebrado no ano de 2016. Com aprovação da lei federal 10.639/03, alterada recentemente pela lei 11.645/08, que torna obrigatório o ensino da historia e cultura afro- brasileira e africana em todas as escolas, públicas e particulares, é fundamental refletir sobre a história do negro no Brasil e sua contribuição na sociedade. Dessa forma, faz-se necessário fomentar ações afirmativas, ascender políticas públicas e produções artísticas que valorizem essas culturas africanas e afro-brasileiras.

Outro aspecto significativo foi a implantação do Estatuto da Igualdade Racial. Nesse sentido, a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (SEPROMI) busca, através do Projeto de Municipalização da Política de Promoção da Igualdade Racial e da Rede de combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa, implantar essas políticas nos municípios brasileiros de forma sistemática e efetiva.

“Mulheres do Àse – Performance Ritual” busca contribuir para implantação da política de promoção da igualdade racial, da rede de combate ao racismo e da Intolerância religiosa, sobretudo, pelo exercício da cidadania, possibilitando assim a formação de uma consciência e atitudes que assegurem ao afrodescendente a igualdade de oportunidades. 

Nesta performance, a vida das mulheres que atuam nas matrizes das religiões africanas são símbolos de resistência, crença, fé e àse, tanto no passado, no presente e no futuro. Foi por meio da fé ao orixá, inquice, vodum e caboclo que essas mulheres tiveram a capacidade de se reinventar e se afirmar. É diante deste universo que se apresenta o espetáculo que revela crença, sentimentos e resistências dessas mulheres.

“Para nós significa um desafio revestido de muita responsabilidade, muito respeito e muito amor. É sobretudo expressar e reafirmar a relevância e o papel que essas mulheres têm na construção da cultura e sociedade brasileira”, declara a direção do espetáculo. A trilha sonora foi especialmente composta pelos músicos Alexandre Espinheira, Gil Santiago e Sarah Fernandes, a partir da pesquisa realizada, da ideia, tema e concepção do espetáculo.

Os ingressos a partir de R$ 5 podem ser adquiridos nas Unidades ou pelo Portal do Sesc. (Carta Campinas com informações de divulgação)