A Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou nessa quarta-feira (05) um projeto de lei que torna a feira de artesanato do Centro de Convivência de Campinas como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado de São Paulo.
O projeto segue para sanção do governador e ficará sob responsabilidade do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) que deve garantir que a feira seja mantida.
Conhecida pela maioria das pessoas como Feira Hippie, considerando que ela surgiu a partir do encontro de pessoas que se identificavam com o Movimento Hippie na década de 70, a Feira de Arte, Artesanato, Antiguidades, Quitutes e Esotéricos do Centro de Convivência Cultural, se transformou quando os expositores passaram a abrir espaço para outras formas de manifestação cultural e artística e a entender o artesanato também como uma profissão e não apenas um estilo de vida.
A Feira começou a funcionar em 1973, no Largo dos Andorinhas, sendo transferida posteriormente para o Largo do Rosário. Em 1974 a Prefeitura concede a autorização para a feira funcionar aos sábados, domingos e feriados no Largo São Benedito.
O terceiro local que recebeu a feira foi a Praça Carlos Gomes, próximo a Prefeitura Municipal de Campinas, posteriormente por breve período na Estação Cultura e hoje é alocada no Centro de Convivência Cultural, no entorno do Teatro.
O projeto que tornou a feira patrimônio é do deputado Gustavo Petta (PCdoB). Na justificativa, o deputado diz que “a Feira Hippie está cravada na memória afetiva da população campineira, pois há quatro décadas tem sido palco de encontros fortuitos ou combinados, de compra e venda de produtos os mais variados, de apresentações artísticas e atos políticos, de intercâmbio de conhecimentos e práticas culturais etc. Ela tem vida própria e pulsante na veia campineira e por consequência de nosso Estado”.
“Com o documento, temos a segurança que a feira continuará e buscamos um reconhecimento da prefeitura de Campinas da feira como ponto turístico da cidade”, salientou Rita de Cássia Diogo, representante da Associação dos Artesãos de Campinas (AAC).
A lei é uma luta antiga dos quase 400 expositores que tentam o pedido no município desde 2013, mas que foi arquivado pela secretaria de Cultura de Campinas. “Agora a intenção é usar o reconhecimento estadual para unir expositores, comissões e associações para lutar pelo tombamento municipal”, disse Marcus Vinícius Cassis, sócio fundador da Associação dos Expositores do Centro de Convivência Cultura de Campinas (ASSECO). (Com informações de divulgação)