.Por Eduardo de Paula Barreto.
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Você mulher nos deu à luz uma vez
Agora nos libertará das trevas
E poderemos experimentar o renascer
Como a planta que brota da terra
E reconheceremos ter nos livrado
Do risco de sermos governados
Por torturadores devotos
Porque a pior ditadura
É aquela que se pendura
Na legitimidade do voto.
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Você mulher nos levará de novo
Ao aconchego do ventre
E a frieza que faz tremer o corpo
Será banida com o líquido quente
Que nos envolverá em suas entranhas
E as forças maleficamente estranhas
Não destruirão o novo broto
Que como liberdade nascerá
Porque você o regará
Com as águas do seu voto.
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Você mulher talvez vá sentir
Algumas dores de parto
Para novamente parir
Quem garantirá seu resguardo
E todos nós renasceremos
E na bandeira nos envolveremos
Para nos abrigar em seu colo
E nos vindouros dias
Todos saberão que a Democracia
Não foi vítima de aborto.
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25/10/2018
