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Ex-mulher acusou Bolsonaro de furtar joias no valor de R$ 600 mil e de ser ‘agressivo’

Ana Cristina Valle, ex-mulher de Jair Bolsonaro (PSL), acusa o candidato de extrema-direita, em processo de separação aberto em 2008, de esconder milhões em patrimônio, além furtar joias e valores de um cofre mantido por ela no Banco do Brasil e agir com “desmedida agressividade” no relacionamento.

O documento, de mais de 500 páginas, foi obtido pela revista Veja, que publicou em seu site reportagem no fim da noite de quinta-feira. Alegando que Bolsonaro não estava fazendo uma justa partilha de patrimônio, Ana entrou com ação na 1ª Vara de Família do Tribunal de Justiça do Rio e anexou ao processo uma lista de bens mais extensa do que a declarada pelo deputado federal ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na campanha de 2006.

Em vez dos R$ 433.934 informados à época à Justiça eleitoral, os peritos do TJ do Rio calcularam o patrimônio de Bolsonaro em R$ 4,001 milhões no mesmo período.

Ana acusa ainda Bolsonaro de ter furtado R$ 200 mil e US$ 30 mil em espécie e joias avaliadas em R$ 600 mil de um cofre mantido por ela em uma agência do Banco do Brasil no Centro do Rio. O sumiço do conteúdo gerou registro de ocorrência na 5ª DP (Mem de Sá) na tarde de 26 de outubro de 2007.

Um gerente do Banco do Brasil na ocasião, Alberto Carraz, foi ouvido pela polícia e por Veja.

Ele confirmou o furto do cofre de Ana Cristina — sem atribuir ao presidenciável autoria — e revelou que Bolsonaro também mantinha um cofre na agência. Este cofre nunca foi declarado pelo presidenciável, segundo os documentos aos quais a revista teve acesso. Chamada a depor duas vezes, Ana Cristina acabou não comparecendo à delegacia.

Após dez anos, a investigação foi encerrada sem esclarecimento. (Do VioMundo)

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