Inspirado no romance homônimo do escritor albanês Ismail Kadaré, Abril Despedaçado narra a luta entre duas famílias, no interior nordestino, nos primeiros anos do século 20. É uma guerra aberta, repleta de normas que soam ridículas aos ouvidos modernos, mas que foram exaustivamente pesquisadas antes de serem colocadas no roteiro. Em nome da terra, eles se digladiam, se assassinam mutua e lentamente, geração após geração. A morte de um vale, por direito, a morte do outro, como num jogo de cartas marcadas onde não haverá vencedores. Há tréguas combinadas e braçadeiras negras que marcam a próxima vítima. Há a estúpida justificativa do assassinato pela honra e a cruel determinação de quem deve morrer, e quando. Brasil, 2001. Colorido, 105 min. Com Rodrigo Santoro, Ravi Ramos Lacerda e Flavia Marco Antonio.
Ambientado na Albânia do entreguerras, uma nação à margem da modernidade europeia, o romance conta a história do envolvimento de Gjorg Berisha numa rixa entre famílias cuja conduta é guiada pelo Kanun, o antigo e rígido código de honra que dominou a cultura albanesa por gerações. A família de Gjorg está envolvida em uma briga sanguinária com uma família vizinha, os Kryeqyqes, há 70 anos. O romance começa quando Gjorg mata um membro dos Kryeqyqes para vingar a morte de seu irmão. O assassinato inevitavelmente o transforma na próxima vítima nesse círculo vicioso de recriminação e carnificina. Romance de Ismail Kadaré (1936). Publicado em 1980.
O Ciclo “Cinema & Literatura” acontece desde agosto de 2011, exibindo, como o próprio nome sugere, adaptações cinematográficas de obras literárias, mas não quaisquer obras. O primeiro critério de seleção dos filmes que compõem o ciclo é justamente a qualidade das obras adaptadas, com isto, nestes quase sete anos de ciclo, já foi possível discutir grandes clássicos da Literatura como “Ulysses” (James Joyce), “O Processo” (Franz Kafka), “A Montanha Mágica” (Thomas Mann), “Em Busca do Tempo Perdido” (Marcel Proust), “Memórias Póstumas de Brás Cubas” (Machado de Assis), “On The Road” (Jack Kerouac), “Germinal” (Emile Zola), “Os Miseráveis” (Vitor Hugo), “Vidas Secas” (Graciliano Ramos) e “Macunaíma” (Mário de Andrade), dentre outros.
A exibição é gratuita e seguida de debate. (Carta Campinas com informações de divulgação)