O casal travava uma disputa judicial no Rio de Janeiro sobre a guarda do filho, que tinha cerca de 12 anos na época. ”A senhora Ana Cristina Siqueira Valle disse ter deixado o Brasil há dois anos [em 2009] ‘por ter sido ameaçada de morte’ pelo pai do menor [Bolsonaro]. Aduziu ela que tal acusação poderia motivar pedido de asilo político neste país [Noruega]”, diz o telegrama.
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“O telegrama havia sido liberado à Folha pela Lei de Acesso à Informação, porém com esses e outros trechos cobertos por tarja preta. Duas fontes ouvidas pela reportagem e o então embaixador, Carlos Henrique Cardim, que assina os textos, confirmaram a íntegra dos documentos”, informa a reportagem.
Ex-servidora da Câmara Municipal de Resende (RJ), Ana Cristina é candidata a deputada federal pelo Podemos e declara apoio à candidatura do ex-marido. No último domingo (23), a Folha revelou que Bolsonaro mobilizou o Itamaraty, em 2011, como deputado federal, para que o órgão intercedesse em seu favor depois que Ana Cristina viajou para a Noruega com o filho do casal.
A servidora nega, apesar de tudo ter sido registrado e acessado pela Folha pela Lei de Acesso à Informação. Ana Cristina hoje é candidata à deputada e usa o nome do ex-marido para se promover. Ela também conseguiu emprego para a família com os filhos e com o pŕoprio deputado. Pessoas que conviveram com Ana Cristina na Noruega também confirmaram as ameaças de Bolsonaro na época(do 247/Carta Campinas)