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Minas Gerais pode por em risco acordo de Geraldo Alckmin com o Direitão

Festejado e celebrado pelos tucanos como a salvação da candidatura de Geraldo Alckmin, que se arrasta na lanterna das pesquisas, o acordo do governador paulista com o Diretão (conhecido pela mídia como Centrão) pode ir para o ralo esta semana. Josué Alencar pode sair vice de Fernando Pimentel. E o outro alvo mineiro do Direitão – o ex-prefeito Márcio Lacerda – está de namoro firme com Ciro Gomes, de quem seria vice.

Dado como certo pelos jornais deste fim de semana, o acordo de Geraldo Alckmin com o Direitão pode ir por água abaixo. A primeira dificuldade é que o ex-governador paulista teria que arrastar pela campanha o caixão do presidente Postiço Michel Temer – cuja rejeição, contando a margem de erro, pode, como se diz em Minas, “desafiar as leis da estatística e ser superior a 100%”.

Além disso, segundo noticiou hoje o jornal Valor, o governador mineiro pode fechar nesta segunda-feira um acordo com o PR que resultaria no nome do empresário Josué Gomes (filho de José Alencar, que foi vice de Lula) para a vaga de vice-governador na chapa de Pimentel. Na verdade a aliança Pimentel-Josué já vinha sendo cozinhada desde a primeira semana de abril, quando o filho de Alencar se filiou ao PR.

Direitão ou Centrão?

As dificuldades, porém, não terminam aí. No arranjo que começou a entabular com o Direitão (leia-se Temer e Eduardo Cunha), Alckmin teria que entregar aos novos aliados três estados, entre os quais o de Minas Gerais.

No caso de Minas Gerais, a exigência do Direitão cai como uma luva para a estratégia de Alckmin. O paulista tem pesquisas que indicam a impossibilidade de sua vitória sem a maioria dos votos mineiros. As mesmas sondagens também revelam que ele não teria nenhuma chance em Minas, já que teria que carregar dois defuntos pesados: além de Temer, Aécio Neves.

Sem músculos para sustentar dois caixões tão pesados, Alckmin resolveu se livrar de um deles. Como não pode prescindir de Temer e do Direitão, comandado por Eduardo Cunha e pelo presidente golpista, Alckmin tenta cortar na carne do aecismo, sacrificando a candidatura e Aécio Neves, hoje comandada pelo senador Anastasia.
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Na reunião entre o Direitão de Temer e o candidato tucano ficou decidido que Alckmin vai convencer Anastasia e os demais aecistas mineiros a desistirem de suas candidaturas, para apoiar o candidato do grupo. O candidato mineiro escolhido pelo Direitão é o deputado federal Rodrigo Pacheco, alguém de quem pouco brasileiros, além das alterosas, jamais ouviram falar.
Com Anastasia fora do baralho, Temer e Eduardo Cunha querem atrair para o Centrão o ex-prefeito de Minas, Márcio Lacerda, do PSB, para ser o candidato a vice de Rodrigo Pacheco.

Não fossem suficientes todos os obstáculos citados, Alckmin tem mais um pepino para descascar em Minas Gerais: o problema do Centrão, de Temer, Eduardo Cunha e Alckmin é que Márcio Lacerda é um dos cotados para vice de Ciro Gomes, de quem é muito amigo. (Do Nocaulte)

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