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Método da extrema-direita de combate à violência já matou 8 crianças no Rio de Janeiro em 2018

O método da extrema-direita de enfrentamento da violência, que significa armar a população e a polícia e estabelecer uma guerra urbana contra o crime organizado da periferia, já causou a morte de 8 crianças e adolescentes por bala perdida somente este ano entre janeiro e junho no Rio de Janeiro.

O método defendido por Jair Bolsonado (PSL) foi intensificado no Rio de Janeiro, com a intervenção militar na área de segurança pública.

A última criança assassinada pelo método seria o adolescente de 14 anos, Marcos Vinícius da Silva, que tentou fugir do tiroteio e foi baleado a caminho da escola, dentro da comunidade. O jovem morreu na noite de quarta, após ser baleado na manhã do mesmo dia durante operação da Polícia Civil com o apoio das Forças Armadas no Complexo da Maré, na Zona Norte. Lembre-se do caso Maria Eduarda.

Velório de Marcos Vinícius

Marcos Vinícius seria o último, mas outro jovem de 14 anos, Guilherme Henrique Pereira Natal, também foi morto em Realengo ontem, quinta-feira. A média é de uma morte de criança e adolescente por bala perdida a cada 21 dias. Mais de 630 pessoas, muitas crianças e adolescentes, foram vítimas de bala perdida desde 2017 no Rio de Janeiro.

Não existe nenhum grupo mais preparado e armado no Brasil para enfrentar uma guerra do que o Exército e os batalhões especiais do Rio de Janeiro. No entanto, a intervenção militar no Rio redundou no óbvio e esperado: um redundante fracasso no combate à violência.

Veja um vídeo e entenda como as pessoas são levadas a acreditar na solução milagrosa do método Bolsonaro.

Veja as vítimas do método Bolsonaro

1. EMILY SOFIA: 3 anos. Morreu no dia 6 de fevereiro após ser baleada, em uma tentativa de assalto, por criminosos na Rua Cardoso de Castro, em Anchieta, na Zona Norte.

2. JEREMIAS MORAES: 13 anos. Baleado, também em 6 de fevereiro, na Maré, durante um confronto. O jovem estava jogando bola, na comunidade Nova Holanda, no momento em que foi atingido. Ele foi encaminhado ao Hospital Municipal Souza Aguiar, mas não resistiu aos ferimentos.

3. MARLON DE ANDRADE: 10 anos. Atingido na cabeça, em 24 de fevereiro, por uma bala perdida enquanto brincava na laje de casa, no Cantagalo, na Zona Sul. Segundo a PM, no momento não havia confronto de agentes e criminosos na região. O menino foi socorrido para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, mas não resistiu aos ferimentos.

4. BENJAMIN: 2 anos. Atingido na cabeça por bala perdida no Complexo do Alemão, no dia 16 de março. Deu entrada na UPA da comunidade mas não resistiu aos ferimentos. Sua mãe está entre os quatro feridos no tiroteio, atingida na barriga e no braço. Segundo a avó do menino, eles estavam indo buscar um vestido para uma festa.

5. LARISSA SOEIRO MAIA: 14 anos. Foi morta quando passava na Rua Beira Rio, no bairro Corbrex, em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense. Ela chegou a ser levada para uma UPA, mas não resistiu aos ferimentos. De acordo com o 20º BPM (Mesquita), não houve registro de confrontos envolvendo policiais no local onde a menina foi baleada.

6. BRENDA VALENTINA ALVES OLIVEIRA ALEIXO. 2 anos. Foi morta em Conceição de Jacareí, distrito de Mangaratiba, na Região da Costa Verde, em 31 de março. Os pais passavam de carro perto do Morro do Catatau quando traficantes atiraram no veículo. Brenda foi atingida na cabeça.

7. MARCOS VINÍCIUS DA SILVA. 14 anos. Morreu na noite desta quarta, após ser baleado no fim da manhã do mesmo dia durante operação da Polícia Civil com o apoio das Forças Armadas no Complexo da Maré, na Zona Norte. O menino estava internado no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha.

8. GUILHERME HENRIQUE PEREIRA NATAL. 14 anos. Morto por tiros que partiram de dentro de um veículo cinza, desferidos contra pessoas que estavam na calçada da avenida Falcão da Frota, próximo à comunidade da Vila Vintém, em Realengo, Zona Oeste.

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