Os professores e funcionários da Unicamp fizeram na manhã desta quarta-feira, 13, uma manifestação na região central de Campinas para mostrar à população o tamanho do atendimento à saúde realizado gratuitamente pela universidade. A manifestação faz parte da campanha salarial de funcionários, que estão em greve, e de professores da universidade, que estão em ‘estado de greve’.
De acordo com informações divulgadas pela ADunicamp (Associação dos Docentes da Unicamp), somente a área de saúde da Unicamp realizou em 2017, dentro do Sistema Único de Saúde (SUS) nada menos do que 6,3 milhões de exames laboratoriais, 59,6 mil intervenções cirúrgicas, 950 mil consultas médicas, 38 mil internações, 5 mil partos e 355 mil diagnósticos de imagem. Tudo isso gratuitamente à população não só da região de Campinas, mas de todo o Brasil.
Os professores e funcionários tentaram mostrar com a manifestação a importância da universidade para a população, visto que as universidades públicas têm sofrido cortes e ataques após o golpe parlamentar de 2016. Para os manifestantes, a destruição da universidade pública é a destruição também do atendimento à saúde da população.
Segundo Wagner Romão, presidente da ADunicamp, nos últimos 20 anos dobrou o número de estudantes na Unicamp enquanto o número de professores permaneceu estagnado. “A universidade se expandiu, se democratizou, mas continuou com a mesma quantidade de recursos, que são insuficientes. 70% dos recursos da Unicamp são investidos nos hospitais universitários”, afirmou em vídeo durante o ato.
O atendimento à população é feito principalmente pelo Hospital das Clínicas da Unicamp, do Hemocentro, Gastrocentro, Hospitais de Sumaré e Piracicaba). Para o STU (Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp) é necessário mais recursos para melhorar o atendimento, assim como as condições de trabalho dos funcionários. Cerca de 40% dos funcionários da Unicamp são da área de saúde.