Parte da classe média brasileira (não toda graças a Deus) que bateu panela quando o diesel estava custando cerca de R$ 2,00, durante o governo Dilma Rousseff (PT), passou um dia de SUS (Sistema Único de Saúde) nos postos de combustível do país nos últimos dois dias.
A fila, a demora, a falta de informação é sentida todos os dias por parte da população mais pobre que depende do SUS. Mas parte da classe média nem se importa com isso. Tem plano de saúde e ações da Petrobras. Só sente a falta de solidariedade quando o plano recusa o tratamento ou quando tem greve das transportadoras (os chamados “caminhoneiros” pela imprensa).
Uma das primeiras medidas após o golpe parlamentar, apoiado pelos batedores de panela, foi justamente o congelamento dos investimentos em saúde pública. Sim.
Não mais royalties do petróleo para a educação e saúde. Leis do mercado. Leis do mercado é máximo lucro para as petroleiras.
Leis de mercado é o caos sem a regulação do Estado. Leis de mercado são leis que beneficiam um só lado. (Por Susiana Drapeau)
Pimenta no fiofó alheio é refresco…
A comparação com o SUS é absolutamente injusta para este – a não ser em situações de crise pontuais, que infelizmente tendem a se multiplicar a partir de agora devido ao congelamento do investimento em saúde praticado pelo Temerário.
Eu me trato exclusivamente pelo SUS desde 2005, e nesse tempo todo a realidade-padrão do SUS NÃO foi ruim assim.
Também é um preconceito gritante dizer que é a população mais pobre que depende do SUS. Sou pós-graduado e dependo do SUS – que dá acesso a procedimentos da mais alta complexidade que ninguém de classe média poderia pagar.