Nesta sexta-feira, 20, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes negou pedido de habeas corpus protocolado pela defesa do ex-diretor da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto. Ele foi preso no início do mês pela Polícia Federal em São Paulo.
Na decisão, Gilmar Mendes entendeu que o decreto de prisão não poderia ser questionado por meio de uma reclamação, uma classe processual do STF. A prisão foi decretada no âmbito do processo sobre supostas irregularidades ocorridas em desapropriações para a construção do Rodoanel Sul.
Paulo Preto foi nomeado por Geraldo Alckmin e segundo o Ministério Público suíço tem uma conta com R$ 113 milhões, que seria de propina do PSDB de São Paulo. Ele foi citado por delatores que afirmaram que o engenheiro é um operador do PSDB. Ele foi diretor de engenharia da Dersa, empresa que é responsável pelas obras viárias do estado de São Paulo, e assessor da Casa Civil no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Segundo a defesa, a medida é arbitrária, sem fundamentos legais, além de desnecessária ante o perfil e a rotina do investigado, que sempre esteve à disposição da Justiça. (Carta Campinas e Agência Brasil)