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Grupo Redimunho de Investigação Teatral reestreia ‘Siete Grande Hotel’ nos porões do Hotel Cambridge

Em São Paulo – O sexto espetáculo do Grupo Redimunho de Investigação Teatral, “Siete Grande Hotel: A Sociedade das Portas Fechadas”, premiado com o APCA 2017 de Melhor Texto para Rudifran Pompeu, volta a ser encenado na sede do Grupo e nos porões do Hotel Cambridge, no Anhangabaú, que hoje abriga uma das maiores e mais emblemáticas ocupações de moradia da região central, onde também foi rodado o filme “Era O Hotel Cambridge”, da Eliane Caffé.

As sessões acontecem aos domingos, às 19h e às segundas-feiras, às 20h, a partir de 08 de abril, em curta temporada até 30 de Julho.

Sempre palmilhado pelo horizonte da travessia, uma vez mais o Grupo Redimunho expõe a substância do seu teatro em meio a um novelo de estórias, interrogações e potentes fragmentos de um mundo cujo rosto se perdeu ou não podemos reconhecer. De perdidos e achados também se compõe a narrativa de labirintos que o novo espetáculo Siete Grande Hotel: A Sociedade das Portas Fechadas apresenta. Labirintos não porque sejam tortuosos e destinados aos tantos muros sem-saída do nosso tempo, mas porque traçam, ou refundam, o sinuoso caminho dos rios ao alimentar cada membro do Grupo com anônimas trajetórias alheias, as mais confiáveis para interrogar nossa história de espelho partido. Talvez, mais do que sinuosos, sejam subterrâneos, já que incorporam, também, muitas vidas andarilhas que, assim como a nossa, alcançou um lugar por querência e por ausência. São vidas também marcadas pelo impedimento que brotam do mundo contemporâneo de guerras, mascaradas pela distância, como se não soubéssemos reconhecer o sofrimento do outro traduzido na angústia cotidiana de assistir o horror que naturalizamos feito um ansiolítico que pudesse salvar a mudez e a dúvida de toda a nossa passividade.

Siete Grande Hotel: A Sociedade das Portas Fechadas apreende os caminhos de vidas esquecidas que ousaram e ousam percorrer o mundo contraditório da lembrança pelo esquecimento; mulheres e homens com a mesma sorte dos ventos, reinaugurando e refazendo essa ruína que é a memória, símbolo tão disputado pelos círculos de poder, que não se cansam de desenhar fronteiras com a velha trena de arame farpado. Siete são as muitas árvores decepadas que não se deram conta que a vida, maior que tudo, segue e seguirá fertilizando a esterilidade de alguma esperança. Siete é um desafio ao sorriso sórdido do que há de treva no século XXI, treva que pensávamos soterrada mas germinou sob o signo do equívoco e do medo. Siete armou-se de estética e ética, contra a farsa. Siete, brotado, vem à tona para jorrar.

Siete abençoa e amaldiçoa o tempo, este nosso tempo, porque celebrar a vida é a conjugação primeira de ter os pés sobre o mundo, mas fazê-la sob condições tão adversas requer o exercício de esconjuros e exorcismos práticos, uma ordem de palavras e gestos frente à instabilidade das nuvens. De que outra forma as apascentar?

“Os que conhecem os extremos da chegada e da partida sabem como chegamos até aqui. A geografia do teatro, assim como o sertão, é pasto que carece de fecho. Por isso estão fechadas, mas não trancadas a sociedade de portas de Siete Grande Hotel. São esculpidas. Melhor, foram treinadas em solipsismos, hermenêutica, anamnese, reminiscência, ontologia… esses seres paramentados de letras que escapam pela saliva de cada personagem em seu último ou primeiro dia, vale dizer, em sua eternidade. Que ninguém se preocupe. O concierge guiará a todos entre ladrões de santos e os mais lindo ratos do mundo. Quem já se perguntou sobre aqueles que tecem as bandeiras? Há também o encontro de hálitos difusos, soprados na lucidez tão calma de soldados agonizantes. Cozinheiros e seus banquetes de balangandãs, sim! A banda eterna de ritmo eterno e seus músicos de um exu veludo a contrapelo. Mágicos, primos em 3º. grau de Deus. E o amor, essa fera de penhascos que aceita toda cor com a qual desejamos pintá-lo: abismos que se beijam-envenenam com fé”. (Carta Campinas com informações de divulgação)

SINOPSE REDUZIDA

Em ‘Siete Grande Hotel: A Sociedade das Portas Fechadas’, ao mesmo tempo em que uma ocupação artística revela uma ocupação real, por meio de sete jornadas que se entrelaçam em lugares inusitados, breves narrativas interrogam o mundo contemporâneo com suas belezas, guerras, violências, migrações e esperanças.

SIETE GRANDE HOTEL: A Sociedade das Portas Fechadas
Com o Grupo Redimunho de Investigação Teatral
Curta Temporada de 08 de Abril a 30 de Julho de 2018
Domingos, às 19h e Segundas-feiras, às 20h
Ingresso: pague quanto puder | 140 min. | 14 anos. | 40 lugares
Ingressos Limitados
A bilheteria abre uma hora antes para a venda dos ingressos
NÃO HAVERÁ RESERVAS DE INGRESSOS PARA ESSA NOVA TEMPORADA

Espaço Redimunho de Teatro
Rua Álvaro de Carvalho, 75, Anhangabaú / SP. Próximo a estação Anhangabaú do Metrô.
Tel: 3101-9645 – Estacionamento ao lado
www.gruporedimunho.com.br

O espetáculo têm inicio no Espaço Redimunho de Teatro, localizado na Rua Álvaro de Carvalho, 75, no Anhangabaú e o segundo ato acontece nos porões do Hotel Cambridge, parceiro do Grupo nesse novo projeto.

Ficha Técnica:

Texto e Direção: Rudifran Pompeu | Assistência de Direção: Jandilson Vieira
Elenco: Edmilson Cordeiro Cortez, Carlos Mendes, Keyth Pracanico, Jandilson Vieira, Giovanna Galdi, Vitor Rodrá, Anisio Clementino, Marcus Martins, Danilo Amaral, Cinira Augusto, Ricardo Saldaña, Juliana Lopes, Wilton Andrade, Thayna Carvalho, Bruna Aragão e Wagner Morgani
Direção Musical: Luis Aranha | Cantores convidados: Alexandre Mello e Neide Nell
Artista Colaborador: Leandro D’errico | Concepção da Cena de Telepatia: Marcus Martins
Preparação Vocal: Ana Terra Ikeda | Iluminação: Rudifran Pompeu
Figurinos: Jandilson Vieira e Keyth Pracanico | Cenografia: Grupo Redimunho Fotografia: Kátia Kuwabara | Videos: Fuzuê Filmes (Edu Luz e Cibele Appes)
Programação visual e site: Danilo Amaral
Pesquisa e consultoria literária: Ivan Forneron
Produção e comunicação: Rafael Ferro
Realização: Grupo Redimunho de Investigação Teatral
Projeto contemplado pelo Programa Municipal de Fomento ao Teatro Para a Cidade de São Paulo

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