O ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, indicado pelo PSDB e que foi definido como ‘parceiro do crime de colarinho branco’ pelo também ministro Luís Roberto Barroso, mandou soltar pela terceira vez empresário do transporte do Rio.

Esta é a inacreditável terceira vez que Gilmar concedeu habeas a Jacob Barata Filho, de quem foi padrinho de casamento da filha, em 2013. A mulher de Gilmar Mendes também já recebeu flores de Jacob Barata.

Ele considerou que as ordens de prisão preventiva, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) e da 7ª Vara Federal Criminal, estavam confrontando habeas corpus que já havia sido deferido anteriormente, por ele mesmo, a Barata. Gilmar Mendes também foi flagrado em conversas com Aécio Neves, o senador que disse que poderia matar o primo se delatasse as malas de dinheiro recebidas da JBS.

O empresário Jacob Barata Filho, dono e sócio de várias empresas de ônibus no Rio, e o ex-presidente da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Rio de Janeiro (Fetranspor), Lélis Marcos Teixeira, podem deixar a cadeia. Barata foi acusado de pagar propina à políticos do Rio de Janeiro.

Justiça Federal determinou a prisão do empresário Jacob Barata Filho por três vezes e Gilmar Mendes o soltou por 3 vezes. Barata e Lelis foram presos no dia 14 de novembro, no âmbito da Operação Cadeia Velha, um desdobramento da Lava Jato, que investiga o pagamento de propinas pelas empresas de transporte a políticos.

Por meio de nota, a defesa de Barata elogiou a decisão do Supremo. “A determinação de hoje do ministro Gilmar Mendes comprova que o STF é o guardião maior das garantias individuais.” (Carta Campinas e Agência Brasil)