O Ministro em questão é Greg Hands (foto). E o lobby pelo relaxamento da regulamentação riscal e ambiental foi feito com Paulo Pedrosa, Ministro das Minas e Energia de fato.
Há tempos, Pedrosa se constituiu no principal interlocutor, dentro do governo, com lobbies britânicos e chineses, interessados no pré-sal e no setor elétrico.
Em março, Hands viajou para o Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo, para defender o lobby de empresas britânicas de energia, mineração e água.
Teve um encontro com Pedrosa, no qual levou as preocupações da Shell, da BB e da Premier Oil, sobre “tributação e licenciamento ambiental”.
Pedrosa respondeu que estava pressionando as autoridades do governo para atender às questões.
Quando vazaram as informações, o governo britânico negou que o lobby se destinasse a enfraquecer o licenciamento ambiental. Mas não conseguiu explicar os benefícios recebidos.
Em agosto, segundo o The Guardian, o Brasil propôs um plano de isenção tributária de vários bilhões de dólares para perfuração offshore. E em outro, a BP e a Shell ganharam a maior parte das licenças de perfuração de águas profundas do pré-sal.
Rebecca Newsom, assessora política seniores do Greenpeace, disse: “Este é um duplo embaraço para o governo do Reino Unido. O ministro do Comércio de Liam Fox tem pressionado o governo brasileiro em um enorme projeto de petróleo que prejudicaria os esforços climáticos feitos pela Grã-Bretanha na cúpula da ONU em Bonn .
Consultados, diplomatas britânicos revelaram que o principal objetivo das pressões foi enfraquecer a política de conteúdo local [feitas durante o governo Lula.] As mudanças ocorridas nessa parte beneficiaram diretamente as três petroleiras britânicas.
A indignação dos ingleses não é com o lobby em si. É com o fato de ter sido em cima de tema ambiental. (Do GGN)