O agronegócio é o campeão absoluto na utilização do trabalho escravo. Se somar a pecuária e a agricultura, o agronegócio atinge 55,6% da mão de obra escrava (31,3% na agricultura e 25,2% na pecuária). Em terceiro lugar está a construção civil, com 9,2%.
Mas também estão na lista madeireiras, carvoarias, mineração, que normalmente estão ligadas ao agronegócio (Veja gráfico). Segundo análise da Fundação Perseu Abramo, “os setores econômicos se diversificaram, mas as práticas degradantes não. Ainda é comum o endividamento dos trabalhadores por alimentação, vestuário, passagens e moradia, a carga horária de trabalho excessiva e condição e segurança de trabalho extremamente precárias. A desculpa das empresas é que os fiscais, por questões “ideológicas”, veem escravidão onde não existe ou ainda que há situações piores. A empreiteira mineira Garra Engenharia alegou que os trabalhadores enfrentavam na Bahia condições mais degradantes, com salário inferior ou ainda com trabalho intermitente”. (Carta Campinas)