.Por Fernando Brito.
Cancellier sequer era reitor na Universidade na época em que ocorreram as alegadas irregularidades no programa “Universidade Aberta do Brasil” , destinado a dar cursos de graduação à distância, sob o argumento de que “poderia constranger professores”.
O ex-senador Nelson Wedekin, que pertenceu a PMDB autêntico e ao PDT, dias atrás protestou contra o ato que, disse, visava “provocar constrangimento e humilhação”, ao reitor, que não tinha qualquer envolvimento no caso investigado. Ele escreveu a Zero Hora:
“Tanto mais nos aprofundamos sobre a prisão de Luiz Carlos Cancellier de Olivo, o reitor da UFSC, tanto mais avulta o exagero, a desproporção, e portanto, a injustiça do ato. Diz a Polícia Federal que as prisões temporárias de Cancellier e de outras seis pessoas eram para evitar constrangimento ou assédio a professores e servidores. O argumento foi abraçado com o mesmo sem cuidado pelo Ministério Público e pela juíza que a prisão.
Estamos então em que para evitar suposto, possível, hipotético, incerto e duvidoso constrangimento, submeteram Cancellier e mais seis cidadãos a um constrangimento imediato e brutal. Ou uma prisão, do modo como se deu, mesmo sem culpa formada, não é um constrangimento tão profundo que nunca se esquece e apaga?“
O que se apagou foi a vida de Cancellier, jornalista, doutor em Direito , professor, orientador de dúzias mestrandos jurídicos. Morreu assassinado por uma “convicção”, uma “cognição sumária”. (Do Tijolaço)