Videoinstalação “The Clock”

Em São Paulo – Cinco mostras estão em cartaz no Instituto Moreira Salles, localizado na Avenida Paulista. A primeira delas é a videoinstalação “The Clock”, do artista suíço-americano Christian Marclay. Trata-se de uma videoinstalação com 24 horas de duração, composta por milhares de cenas de cinema e tevê que fazem referência ao horário do dia. A obra recebeu o Leão de Ouro na 54ª Bienal de Veneza, em 2011, e desde então tem levado milhares de visitantes a dezenas de museus ao redor do mundo. Durante o período de exibição no IMS Paulista, The Clock terá nove apresentações de 24 horas, sempre de sábado para domingo, permitindo ao público experimentar a obra na íntegra. Nessas ocasiões o centro cultural ficará aberto durante as madrugadas, pois a obra será projetada ininterruptamente, das 10h do sábado às 20h do domingo.

Desde o final da década de 1970, Christian Marclay (San Rafael, EUA, 1955) vem explorando as conexões entre o visual e o audível, criando trabalhos em uma ampla gama de mídia, incluindo escultura, vídeo, fotografia, colagem, música e performance. Tendo estreado em Londres, em 2010, The Clock já foi exibida em mais de vinte locais pelo mundo, incluindo o Centro Pompidou, Paris (2011); o Museu de Arte Moderna, Nova York (2012); o Museu de Arte Moderna de São Francisco (2013); e o Guggenheim Bilbao (2014).

No dia 20/9, às 18h, o IMS Paulista apresenta uma conversa com o autor de The Clock. O evento é gratuito e terá tradução simultânea.

O IMS Paulista também apresenta, pela primeira vez no Brasil, “Os americanos”, de Robert Frank, um dos nomes mais importantes da história da fotografia. A série, com 83 fotografias em cópias da década de 1980, pertence à coleção da Maison Européenne de la Photographie e é uma das poucas séries completas da obra de Frank. A exposição traz também Os livros e os filmes, projeto desenvolvido em parceria com o editor Gerhard Steidl.

Robert Frank nasceu em 1924 em Zurique, na Suíça. Em 1946 criou seu primeiro livro de imagens, intitulado 40 fotos. No ano seguinte emigrou para os Estados Unidos, onde colaborou como fotógrafo em revistas como Harper’s Bazaar, Life, Look e Vogue. Em 1948 viajou pelas Américas Central e do Sul, percorrendo extensivamente o Peru, dos Andes à Amazônia, incluindo uma rápida incursão a Manaus no início de outubro daquele ano. Algumas das imagens dessa sua única visita ao Brasil, todas inéditas, serão apresentadas na exposição. Em 1949 editou e produziu um pequeno livro de autor sobre o Peru, material que seria publicado ao longo da década de 1950 por Robert Delpire, que viria a ser o primeiro editor da série Os americanos, publicada na França em 1958 sob o título Les Américains, contendo excertos de textos de vários autores sobre os EUA.

“São Paulo, três ensaios visuais” também é um dos destaques da programação do IMS Paulista. Com curadoria de Guilherme Wisnik, assistido por Marina Frúgoli, a projeção que inaugura o Estúdio, espaço que dá acesso digital ao acervo fotográfico do IMS, é dedicada à capital paulista. Com duração de aproximadamente 30 minutos, São Paulo, três ensaios visuais resgata os personagens da cidade, com fotografias feitas a partir de 1862, como as de Militão Augusto de Azevedo, passando pelo século XX, com imagens como as de Alice Brill, até chegar ao século XXI e às fotos de Mauro Restiffe, entre outros.

A comunicação visual da cidade é apresentada desde os muros pintados do século XIX até seus luminosos e outdoors dos séculos XX e XXI. O ensaio visual também acompanha as grandes transformações que a cidade sofreu. Em cem anos, deixou de ser um vilarejo para estar entre as grandes metrópoles do mundo. Além de fotógrafos do acervo do IMS, como Vincenzo Pastore, Hildegard Rosenthal e Thomaz Farkas, também há na mostra trabalhos de Cássio Vasconcellos, Cristiano Mascaro, Tuca Vieira, Tatewaki Nio, Raul Garcez, João Musa e Josef Bernardelli.

Mais informações sobre toda programação cultural do IMS Paulista na página do espaço na internet. (Carta Campinas com informações de divulgação)