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Crise do golpe parlamentar está por trás da quebra financeira do Aeroporto de Viracopos

A crise econômica gerada pelo processo que desencadeou o golpe parlamentar de 2016 acabou por quebrar financeiramente o Aeroporto de Viracopos em Campinas.

O aeroporto é administrado pela Concessionária Aeroportos Brasil Viracopos (ABV).

A demanda divulgada pelo governo na licitação previa que Viracopos teria 17,9 milhões de passageiros em 2016, ano do golpe. Mas a crise se aprofunda no processo de impeachment que se arrastou em 2015 com a liderança do presidiário e ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB). Após o golpe, houve um aprofundamento da crise, em um processo de retirada de recursos da população e sua transferência para parcela mais rica, via benefícios fiscais e cortes em programas sociais.

Isso impactou diretamente o aeroporto em Campinas. A movimentação efetivamente registrada foi de 9,3 milhões, ou seja, metade (52%) da projeção inicial. A movimentação de cargas foi de 166 mil toneladas em 2016, ante as 409 mil toneladas projetadas no mesmo estudo, ficando apenas em 40% do esperado.

Diante da situação, os acionistas do Aeroportos Brasil Viracopos (ABV) autorizaram a diretoria a iniciar o processo de devolução ao governo para que se faça nova licitação e a concessão seja passada para outro grupo.

Até o governo lançar um novo edital de licitação para encontrar outros investidores, a concessionária continua administrando o terminal. A decisão foi tomada no último dia 28, depois de reunião entre os acionistas em virtude da dívida de R$ 460 milhões relacionada às outorgas devidas ao governo federal.

Viracopos foi eleito, após a concessão, o melhor aeroporto de passageiros do Brasil por quatro vezes e o segundo melhor aeroporto de carga do mundo.

A concessionária também elencou que, em 2012, houve redução da tarifa para transporte de carga, em regime aduaneiro, de R$ 0,50 para R$ 0,08 por quilo de mercadoria, mas houve reconhecimento posterior e parcial da recomposição financeira.

“Esta e outras alterações unilaterais do contrato de concessão ensejariam o reequilíbrio econômico-financeiro do contrato, que não ocorreu, prejudicando o desempenho financeiro da ABV, mesmo após reiterados pedidos feitos pela concessionária. Desta forma, a solução encontrada foi entrar com o pedido de relicitação”, informou a ABV.(Carta Campinas com informações da Agência Brasil)

Carta Campinas

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