Filmado em preto e branco, o filme aborda os depoimentos de mulheres sobre o desconhecimento desta data e todas as dificuldades de ser negra em nossa sociedade machista e racista. O documentário dá voz às mulheres que são negras, indígenas, latino-americanas, feministas, ativistas, militantes, educadoras, professoras, jornalistas, artistas, cantoras de rap e hip hop, acadêmicas e moradoras da periferia. Yzalú compõe a trilha sonora com a música “Mulheres negras” e Shirley Casa Verde canta versos da música “Oba! Clareou”, do Cagebê.
O filme aponta para a busca de identidade, origem, respeito, igualdade no trabalho dentro e fora de casa, lugar na sociedade, e anseio por direitos humanos. Apesar da conscientização do enfrentamento diário, as falas afirmam que a luta por igualdade da mulher branca e de classe média não é igual à da negra e periférica, pois as reivindicações não são exatamente as mesmas. As falam são marcantes quando afirmam que a miscigenação foi usada como ferramenta de alienação, onde os negros não se reconhecem como tal e, deste modo, não buscam sua identidade nem seus direitos.
O Dia da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha foi criado em 1992, durante o Primeiro Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas na República Dominicana, com a proposta de promover debates e políticas para combater opressão de gênero e raça.
Após a exibição do documentário, haverá um debate com mediação das convidadas Débora Camilo e Cristiane Anizeti.
Débora Camilo é advogada, lutadora das causas populares, participa de movimentos sociais que defendem os direitos das mulheres, da população negra e periférica e é Coordenadora de Cultura e Cidadania do Projeto Educafro – Valongo. É filiada ao PSOL, está presidente da Comissão da Igualdade Racial e vice presidente da Comissão da Verdade Sobre a Escravidão do Brasil da OAB/Santos. Cristiane Anizeti é advogada com atuação na área de direitos humanos, militantes do Coletivo de negras e negros Raízes da Liberdade, do Coletivo Feminista Rosa Lilás que compõe a organização da Frente de Mulheres negras de Campinas e filiada ao PSOL.
O Cine Resista! é um cineclube dedicado a documentários nacionais, realizado mensalmente em Campinas. Após cada exibição ocorre um debate com a participação de convidados. As sessões são gratuitas e ocorrem na sede do PSOL Campinas. Antes das exibições, às 17h30, artistas, artesãos e músicos locais apresentam seus trabalhos ao público. Nesta edição, o Cine Resista! contará com a participação da Júpiter II – A Quarta Menor Big Band do Mundo que apresentará o pocket show Mergulhar na Surpresa, com repertório de MPB. (Carta Campinas com informações de divulgação)
Cine Resita!
15 de julho
17h30 – Apresentação musical da Júpiter II – a quarta menor big band do mundo.
18h – Exibição do documentário “25 de Julho: Feminismo Negro contado em primeira pessoa”. Direção: Avelino Regicida (2013). Duração: 1h.
19h – Debate com Débora Camilo e Cristiane Anizeti.
Entrada gratuita.
Local: Sede do Psol Campinas – R. Hilário Magro Júnior, 97 – Bosque, Campinas. Tel: (19) 2511 6957