Por Flávio Luiz Sartori

A ação ilegal do juiz(?) Sérgio Moro que determinou de forma arbitrária a condução coercitiva para interrogatório do blogueiro Eduardo Guimarães na terça-feira, 21/03, teve repercussão nacional muito maior do que seria esperado, principalmente em se tratando de um blogueiro que não esta entre os mais conhecidos e seguidos, como seria o caso de dos blogs “Conversa Afiada”, “Viomundo” e “Tijolaço” dentre outros.

Maior exemplo da repercussão e da dimensão que o ato tresloucado de Moro teve pôde ser constatado nas redes sociais no decorrer de ontem, culminando em um processo de mobilização da sociedade civil em defesa de Eduardo Guimarães que envolveu amplos segmentos, que transcendeu as expectativas e teve como conseqüência a consequente pressão da opinião pública que inevitavelmente colocou Moro e seus comandados, principalmente da Policia Federal, na defensiva.

No entanto, foi no Twitter que a repercussão na internet da ação de Moro pôde ser constatada com mais intensidade, na medida em que o assunto “Eduardo Guimarães” permaneceu em destaque praticamente a maior parte do dia de ontem entre os dez assuntos do momento em todo o Brasil.

O assunto “Eduardo Guimarães” entrou no Twitter logo pela manhã ali pelas dez horas e foi ficando na medida em que as pessoas repercutiam até à tarde próximo as 18 horas, com opiniões contrárias e a favor, sendo que os defensores de Eduardo Guimarães eram ampla maioria.

O fato é que milhares de “twitteiros” aderiram ao assunto com suas opiniões e isso deve ser considerado um importante fator de mobilização da opinião pública sem a participação dos grandes grupos de comunicação tradicionais que apoiaram o golpe parlamentar do ano passado no Brasil contra uma presidenta eleita e inocente.

A repercussão da tentativa de intimidação de Moro contra Eduardo Guimarães nas redes sociais e no Twitter foi tão intensa praticamente todo o dia de ontem, que mesmo fingindo que não estavam sabendo do fato durante a maior parte do dia, ao final da tarde, a Globo dos irmãos Marinho, a Folha UOL e o Estadão dentre outros, foram obrigados a repercutir o assunto “Eduardo Guimarães”, mesmo que tenha sido sem destacar o caráter ilegal e autoritário do ato inconsequente de Moro.

Conclusão, a cada momento que passa, mais e mais pessoas passam a se informar pela internet além de participar das redes sociais com suas próprias opiniões, em um processo que já é, a muito tempo, irreversível. (Do blog Essência Além da Aparência)