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Ministros do Supremo querem consolidar o golpe de Estado, revela reportagem da Folha

Uma reportagem publicada nesta sexta-feira pela Folha de S. Paulo informa que ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) da segunda turma, composta Gilmar Mendes, Dias Tóffoli, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski, estariam agindo de forma política dentro da corte para soltar o deputado Eduardo Cunha (PMDB).

É possível que apenas um ministro esteja empenhado nessa operação em defesa de políticos acusados de corrupção. Ao colocar ministros, a Folha evita que as suspeitas caem somente sobre Gilmar Mendes.

O motivo da articulação dentro da Suprema Corte seria evitar que Eduardo Cunha faça delação na Operação Lava Jato e entregue os atos de corrupção praticados pelo presidente Michel Temer (PMDB). Se o plano der certo, o golpe parlamentar fica consolidado e os políticos envolvidos em corrupção na Operação Lava Jato podem continuar governando o Brasil.

Pelo histórico de articulação partidária e proximidade com Michel Temer, Gilmar Mendes é um dos mais entusiasmados com a articulação da soltura de Cunha. O caso de Cunha poderia servir para colocar um freio nas prisões preventivas. Segundo a reportagem, na semana passada, Gilmar Mendes disse que o tribunal tinha “encontro marcado com as alongadas prisões que se determinam em Curitiba”. Enquanto atua nos bastidores, Gilmar faz declarações públicas para preparar o terreno.

Ainda segundo a reportagem, no STF, as articulações a favor de Cunha tomaram corpo ainda no ano passado, quando Teori Zavascki era o relator das investigações. Depois o ministro morreu em um possível acidente aéreo. Os motivos do possível acidente ainda não foram esclarecidos.

“Segundo pelo menos três ministros do Supremo, Teori se incomodou ao receber alerta de que havia movimentações na Segunda Turma do STF, responsável por julgar os casos da Lava Jato, no sentido de relaxar a prisão do ex-deputado”, diz a reportagem.

“Em jantar com colegas em dezembro, Teori fez um desabafo e disse que fora alertado do risco de soltarem o peemedebista. Diante disso havia decidido tirar do colegiado a reclamação protocolada pela defesa com pedido para soltar o ex-deputado, e enviá-la para o plenário. Participantes do encontro relatam que Teori disse ter ouvido que outros ministros da Segunda Turma já estavam convencidos de que, preso, Cunha optaria por delatar, o que poderia afetar ainda mais a estabilidade do país (SIC).  Uma delação de Cunha preocupa governo e PMDB pelo teor das conversas já divulgadas pela Polícia Federal. Mensagens no celular de Cunha reforçam a tese de que ele tem informações sobre negócios entre grandes empresários, congressistas e governo”, diz a reportagem. (Veja reportagem completa)

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