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Fiesp faz estudo e mostra que golpe apoiado por Paulo Skaf afunda a indústria

Um estudo do Departamento de Competitividade e Tecnologia da Fiesp (Decomtec) mostra que o golpe parlamentar, apoiado pelo próprio presidente da entidade, Paulo Skaf (PMDB) e delatado na Operação Lava Jato, tem causado um grande prejuízo para os empresários da própria indústria. Os empresários querem que o governo Michel Temer (PMDB), que entrou após o golpe, mantenha a política de conteúdo local na indústria do petróleo implantada pelo governo Lula.

Segundo o estudo, as mudança das regras atuais de conteúdo local para exploração e produção de óleo e gás para um índice global único, proposta pelo governo de Michel Temer (PMDB), reduziria a produção, o número de empregos e a arrecadação gerada pela indústria nacional de bens e serviços. Ou seja, vai afundar a indústria brasileira junto com a renda dos empresários.

De acordo com a Fiesp, a proposta de mudança nas regras de conteúdo local tem causado insegurança para novos investimentos na cadeia de fornecimento de bens e serviços para o mercado de petróleo e gás. O desenrolar das investigações da Lava Jato, os problemas de gestão e a queda dos preços do petróleo reduziram também os investimentos da principal operadora, a Petrobras, na exploração e desenvolvimento da produção de petróleo e gás natural nos últimos anos.

Segundo o estudo da Fiesp, com um índice global único de 40%, o conteúdo local pode ser alcançado com zero de máquinas e equipamentos produzidos internamente.

O estudo aponta que tanto a Petrobras quanto as demais operadoras atuam para mudar as regras e não cumprir o conteúdo local em médio e no longo prazo (para as próximas licitações), tendo apenas um índice global, com a alegação que isso atrairá novos investimentos na extração de petróleo.

No entanto, esses investimentos de operadores somente chegarão ao país em 3, 5 ou 10 anos após o leilão, e sem conteúdo local não dinamizarão o emprego e a renda no país. Por outro lado, se houver apenas um índice global, somente serão efetuados no país serviços de montagem e de manutenção de menor complexidade tecnológica.

De acordo com o diretor titular do Decomtec, José Ricardo Roriz Coelho, o impacto dos investimentos em exploração e produção de petróleo sem as regras atuais de conteúdo local será a redução brusca da atividade, e, com isso, o país terá adicionado centenas de milhares de novos desempregados aos mais de 12 milhões de pessoas desocupadas. No resumo da ópera, com Paulo Skaf na presidência, a Fiesp não precisa de inimigos. (Carta Campinas com informações de divulgação)

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