Viajar barato na Europa: a romântica, barata e acolhedora Budapeste
Carta Campinas
Aterrissamos em Budapeste, na Hungria, com chuva. O o avião parecia não querer parar na pista e ao final alívio: os passageiros até aplaudiram o piloto na hora que ele conseguiu frear. Sabíamos que em Budapeste, a situação da língua também é grega (rs..), mas no desembarque do avião encontramos uma jovem brasileira que ouviu a gente conversar sobre obter informações. Nosso caminhos eram parecidos e ela deu todas as dicas para chegarmos ao hotel.
Pegamos um ônibus no aeroporto, um metrô e depois um tram (VLT). Preço do bilhete, 1 Euro.
A chuva fina já deixou o clima mais romântico e chegamos em uma das avenidas (Erzsebet Krt) principais, cheia de bares e restaurantes. Descemos e caminhamos duas quadras até o Nova Apartments. É uma espécie de hotel que aluga o apartamento. Foi um dos melhores locais que ficamos e o mais espaçoso de todos: o apartamento deve ter mais de 60 metros quadrados, com quarto, cozinha equipada, sala e até sacada para a rua. Tudo reformado e novo. Valor: R$ 163 por noite (ou mais ou menos 41 Euros). O local é ótimo, próximo de muitos restaurantes e bares e praticamente no Centro de Budapeste. Metrô e Tram com fácil acesso.
Apesar de participar da União Européia, a Hungria mantém sua moeda (Huf). Muitos estabelecimentos aceitam Euros ou Huf, mas a maioria somente o Huf. Então é necessário comprar a moeda local para pequenas compras e usar o cartão de crédito internacional.
Comemos em restaurante por 7,5 Euros por pessoa e em fast food típicos do local por 5 euros também por pessoa. Aliás, comemos um dos melhores hamburguers na beer & burger. Em Budapeste também o chopp é mais barato que a água.
Budapeste foi a cidade mais legal da viagem toda. Não tinha aquela multidão de turistas como na Itália e também na Grécia, que mais pareciam a rua 25 de março em São Paulo em véspera de Natal. Além se ser uma cidade muito mais barata. E não tivemos nenhum golpe, como na Itália e na Grécia, em que cobraram mais do que valia um produto. Sentimos uma recepção muito mais acolhedora e simpática por parte dos húngaros. Utilizamos uma lavanderia e o cara da lavanderia foi muito gente fina e arriscou até um espanhol com a gente. É uma lavanderia que tem internet também. Fica a 200 m do hotel, na St Dohány, 37.
Percorremos a cidade a pé e alguns trechos de metrô. Um lugar legal em que passamos foi a Ilha Margarida, um parque público, com fonte musical. Bem interessante. Depois passamos pela ponte sobre o rio Danúbio que dá acesso à ilha e fomos até o monumental Parlamento de Budapeste. Lá havia uma exposição sobre os 60 anos da ocupação soviética, quando os húngaros tentaram se libertar do domínio do comunismo russo, em 1966. O acontecimento ficou conhecido como a Primavera Húngara. E percorremos alguns trechos ao lado do rio Danúbio.
Conhecemos também a Praça dos Heróis, que é declarada Patrimônio da Humanidade. No centro, há várias estátuas de líderes das sete tribos magiares que fundaram a Hungria no século 9 e outras personalidades da história húngara. Nas laterais, dois importantes edifícios: o Museu de Belas Artes de Budapeste e o Palácio da Arte. Dali caminhamos até o Parque da Cidade (Városliget), que estava calmo e tranquilo. Namorados e pessoas tomando sol na beira do lago em uma manhã de temperatura amena.
Ali também tem o Castelo Vajdahunyad. O parque é gratuito, mas a visita ao castelo custa mais ou menos 4 Euros. Nenhuma nobreza morou no castelo. Ele foi construído na virada do século 20 para homenagear todos os castelos da Hungria. Então reproduz partes de castelos e estilos de várias épocas. Ainda naquela região visitamos a Termas Szechenyi, um local de banho público com águas medicinais. Os preços variam, mas custam a partir de 15 Euros.
Existe também um parte alta da cidade, que é conhecida como Buda. A parte baixa é a Peste. O mais recomendável é subir de bondinho (ou cremalheira) e descer a pé. Para subir, deve pagar cerca de 4 Euros. Lá você vê uma outra cidade, uma parte totalmente turística, com várias construções importantes como Palácio de Buda (ou Palácio Real), Galeria Nacional Húngara, Museu Histórico de Budapeste e Igreja São Matias. O local também tem lindas vistas da cidade baixa e é possível tirar belas fotografias.
Em Budapeste terminaram nossos trajetos de avião. Agora é só pegar trens de alta velocidade. Como Viena, na Áustria, fica a apenas 2 horas de trem de Budapeste, decidimos sair cedo de Budapeste, passar o dia em Viena, e ir no final da tarde para Praga. Do Nova Apartaments pegamos o metrô, apenas uma estação, e já estávamos na Estação de trem Kaleti de Budapeste. De lá pegamos o trem para Viena. Valor da passagem: 19 Euros, comprada diretamente do site da companhia austríaca ÖBB (Tião Baskaville)