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Viajando barato na Europa: Veneza é andar e apreciar a beleza de cada canto

Por Tião Braskaville

A passagem por Veneza foi rápida, mas valeu a pena. A cidade é totalmente diferente de tudo. No lugar de carros, como na maioria das cidades, pessoas percorrem ruas a pé ou os canais de barco. Basta ter um mapa da cidade e percorrer suas vielas e as pequenas pontes entre os canais. Evitamos os passeios de barco, que são caros e percorremos a pé está que foi uma importante cidade do Renascimento.

Chegamos no Aeroporto ansiosos e perguntamos ao taxista o valor da Corrida até o Marghera, nossa estadia. “50 Euros!” (mais ou menos R$ 200 reais!). Sim, esquece a cotação oficial do Euro quando você está fora do Brasil. Os bancos cobram uma cotação mais cara quando você está fora e põe IOF na história. Daí é só multiplicar por 4 atualmente.

50 Euros de Táxi! Uau. Voltamos correndo para pegar informações sobre ônibus. Pegamos um ônibus por 7,5 euros por pessoa e fomos até o terminal de Veneza. O ônibus foi rápido e tranquilo. De lá pegamos um ônibus urbano até o Camping por 1,5 euro.

Veneza é toda linda, então basta andar pela cidade e ver as construções e os lugares. Um dos pontos principais é a Praça de São Marcos. Passamos por Veneza ainda em um período de férias europeias, além dos preços altos, muita gente, mas muito turista mesmo! Você não faz ideia. As principais vias de Veneza pareciam a Rua 25 de Março, em São Paulo, em véspera de Natal, de tanto turista. Do mundo inteiro. Era praticamente impossível tirar uma foto sem aparecer turista de decoração. Nós mesmos devemos estar no álbum de muita gente pelo mundo inteiro.

A praça de São Marcos, iniciada no século 9, é considerado o centro de Veneza e o local onde ocorreram importantes eventos da história da República de Veneza. Vários edifícios históricos estão ao redor da praça como o Palácio Ducal, a Basílica de São Marcos, a Torre do Relógio, a Antiga Procuradoria, a Ala Napoleónica, a Nova Procuradoria, o Campanário de São Marcos e a Biblioteca Marciana.

Alimentação

Com a economia do táxi, quem sabe um restaurante? Em todas as cidades turísticas da Itália ou mesmo da Europa, os preços são altos, principalmente nas regiões próximas aos pontos turísticos.  Imagina turistas do mundo inteiro querendo uma boa refeição. Um prato individual em qualquer restaurante nas regiões turísticas não sai por menos de 12 Euros. Os mais baratos!

Mas existem as pizzas por R$ 9 euros. Ela não é grande como no Brasil, tem um tamanho médio e dá para dividir para duas pessoas. Foi o que fizemos várias vezes. Outro jeito barato em Veneza são os lanches enrolados (tipo wrapps) que custam 5 euros. Caríssimo pela pouca quantidade de recheio.

Em Veneza e algumas cidades europeias e turísticas, sentar do lado de fora do restaurante, deixa a conta um pouco mais salgada. Em Veneza nos cobraram um tal de ‘corpeto’, que foi 2 euros para cada pessoa.

Mas a Itália sempre é um desejo conhecer, talvez pela ascendência e proximidade com os italianos por causa da imigração it
aliana para o Brasil. Para quem não fala o inglês fluente, pode testar um portaliano, que muitas vezes dá certo. O problema é o inglês macarrônico e apressado do italiano para nosso ouvido desacostumado.  Após comermos uma pizza em um restaurante, testei o meu portaliano:

“Por favore, a conteta’.
“A conta?”, respondeu o garçom com cara de dúvida.
“Sim, a conta”,  respondi para o garçom que não entendeu meu portaliano.

As cervejas também estavam caras em Veneza, mas em boa parte da Europa ela é mais barata que água e refrigerante. Sim, isso é impressionante. Passeando e cansados pelas ruas de Veneza encontramos um mercadinho, com dois velhinhos possivelmente proprietários. Ali compramos latas de cerveja gelada pela metade do preço e ficamos sentados ao entardecer na beira de um dos canais.

Hospedagem

Uma opção para ficar mais barato em Veneza é a cidade de Mestre, que fica no continente, mas ao lado de Veneza. Mas como fomos na época de temporada, os preços de Mestre também nos pareceram caros.

O jeito e a boa solução foi ir para o Camping Jolly, que fica entre Mestre e Marghera. Na realidade, não é um camping como conhecemos no Brasil, mas um lugar bem legal com suítes pré-fabricadas. Então, não tem barracas de camping, mas pequenos bangalôs com quarto e banheiro ou somente o quarto e wc compartilhado.

Bar do Camping Jolly

Escolhemos uma suíte para duas pessoas e pagamos R$ 110 por noite. Compramos antecipadamente pelo Hoteis.com. Aliás, compramos a maioria por este site e não tivemos problemas. Muito barato, o equivalente a mais ou menos 13 euros por pessoas. O único problema do Camping é que precisa de condução para ir até Veneza, mas com certeza vale a pena. Na época, o mais barato hotel de Mestre começava numa faixa 4 vezes mais cara.

Bangalôs ao fundo, atrás da piscina

O Jolly é um esquema bem legal. Grande, tem bar aberto até a meia noite e restaurante aberto até às 11h. Não incluímos o café da manhã para economizar. Mas ao acordar tomávamos um capuccino com croassant por 2,50 euros. O local tem piscina e um público jovem.

Para ir até Veneza, pegávamos o ônibus do próprio Camping Jolly por 5 Euros ida e volta.  Passávamos o dia em Veneza e voltávamos no final da tarde ou início da noite.

Legal, mas está na hora de seguir para Florença. Seguimos logo de manhã para a Estação Ferroviária de Mestre, que ficava próxima do Camping Jolly.  Andamos uns 500 metros, pegamos um ônibus e em 10 minutos estávamos lá. Nossa passagem, pré-comprada, em um trem de alta velocidade, Ítalo. De Veneza a Florença foram duas horas de viagem por 25 euros a passagem. O único trem que ofereceu internet grátis durante a viagem. Bastava colocar o código do bilhete no site para acessar a internet.

Próxima estadia: Florença.

Para ver o início dessa viagem e outras cidades, vá a Um roteiro de 40 dias viajando bem barato pela Europa

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