Na realidade, aos poucos o empresariado vai perceber que caiu em um golpe arquitetado pela Grande Mídia e pelos empresários-políticos.
Para o cientista político Wanderley Guilherme, o governo Temer é profundamente antinacional. É pior que 64. E isso começa a destruir a indústria e as empresas nacionais.
As medidas tomadas pelo governo prometem empurrar para baixo grande parte do empresariado brasileiro, principalmente pela retiradas de recursos da população e pelo prolongamento da crise política. As pequenas e médias empresas já estão sendo as mais afetadas.
A resseção vai aumentar e deve durar anos. Segundo o novo governo, 2017 já era. A Transpetro, subsidiária da Petrobras, cancelou a construção de 17 navios no âmbito do seu Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef). E a Petrobrás vai deixar de comprar conteúdo nacional. Isso significa destruir a indústria naval e todos os empresários fornecedores desse setor. A assim se vão os empregos também.
Se o empresariado continuar dormindo em berço esplêndido, quando acordar só os empresários amigos do rei estarão ricos. Aliás, esse foi o golpe dos amigos do Rei. Somente vão lucrar com o novo modelo político as empresas estrangeiras, os bancos, a grande mídia que terá recursos do governo e os empresários sócio de políticos, que continuaram a mamar no governo.
O resto vai pagar o pato da Fiesp. E talvez venha descobrir tarde demais que o PT não era um monstro comunista, mas o maior aliado do empresariado nacional. Pelo menos, é isso que o governo Temer está provando.