foto elder tesio jornalistas livresUma das revistas mais importantes do jornalismo norte-americano, The New Yorker, que foi o celeiro do chamado new journalism, estilo que influenciou e influencia o mundo da imprensa até hoje, publicou uma reportagem em que diz que o governo Alckmin, em São Paulo, combateu o crime com ‘esquadrão da morte’. A violência do estado era comandada por Alexandre de Moraes, que agora é ministro da Justiça do Brasil. O estilo Alexandre de Morais vai agora para o governo federal.  Esta semana, a PM do governo Alckmin voltou à imprensa ao executar um garoto de 10 anos.

A menção a Alexandre de Moraes é apenas uma entre os tantos ministros do governo interino de Michel Temer, que são analisados no texto. A pauta da reportagem são as ‘escolhas terríveis’ do governo Temer.  E aí a revista desfila uma a uma as tragédias da população brasileira na representação política do governo Temer.

Enquanto a grande mídia brasileira é complacente com o golpe de Estado organizado por Temer/Cunha, assim como foi e é com a violência policial no estado de São Paulo, jornalistas de outros países procuram mostrar a realidade brasileira. Veja um trecho da reportagem:

‘In a country where half of the population is female and a similar percentage has African or indigenous ancestry, Temer named an all-white, all-male Cabinet. He got rid of the Ministry of Women, Racial Equality, and Human Rights, ordering it to be subsumed into the Ministry of Justice—which he promptly handed over to Alexandre de Moraes, a former security official from São Paulo who is accusedof deploying death squads to fight crime in that city. (His former office has denied the accusations.) This came at the same time as news of a horrifying case in which a sixteen-year-old girl in Rio de Janeiro was gang-raped by as many as thirty-three men, some of whom filmed their abuse and posted it to social media. Under pressure from the public, Temer declared his intention to form a special task force to investigate crime against women.’ (The New Yorker)