A representação, protocolada na última quarta-feira, 15, pede apuração de prática de racismo, preconceito, discriminação, abuso de poder, constrangimento e violência moral contra um cliente, no dia 14. A representação é assinada pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, vereador Carlão do PT, e pela Frente Regional de Luta Contra o Racismo e Formas Conexas de Discriminação, representada por Edna Lourenço (presidente do grupo Força da Raça). Ao todo, 22 entidades assinam o documento.
O caso aconteceu quando o jovem, L.H.S.B, de 26 anos, e sua tia, de 68 anos, (ambos negros), estavam no local fazendo compras, quando começaram a ser seguidos por segurança do estabelecimento. Quando passaram pelo caixa, esse segurança acusou o rapaz de roubo e o obrigou a levantar a blusa, na frente de outros clientes e funcionários.
Quando viu que não tinha nada escondido, disse que havia se enganado e pediu desculpas. O segurança foi identificado como Ronaldo. Quando as vítimas pediram a presença do gerente, foram informadas de que ele não estava no local. As informações constam do texto da representação.
“Os estabelecimentos comerciais tem que capacitar seus funcionários, principalmente os seguranças, para estarem preparados para um tratamento qualificado quando da necessidade de realizar uma abordagem, tratando negros e brancos de forma igualitária”, afirmam os denunciantes na Representação. O documento cita o Artigo 5º, Inciso XLII da Constituição, que define o racismo como crime inafiançável e imprescritível, passível de pena de prisão. Os denunciantes requerem do MPE a instauração de Inquérito Policial para apuração do ocorrido e, se o caso, abertura de processo criminal. (Carta Campinas com informações de divulgação)